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Perigo no trânsito: motoristas do Samu trabalham até 24 horas ao dia sem descanso, mas com plantões emergenciais, enquanto concursados aguardam convocação

Parece interminável o furo na escala de motoristas do Samu no Acre e o governo continua tomando decisões contraditórias para cobrir a assistência aos pacientes em estado grave. Ao invés de chamar os concursados de 2014, a direção do Samu optou por reescalar os condutores que já existem para cumprirem plantões emergenciais, gerando sobrecarga e riscos inimagináveis á saúde do trabalhador e demais cidadãos no trânsito.


Há funcionário trabalhando 24 horas diretas, sem descanso. Pela lei, ele deve descansar 36 horas para cada 12 horas trabalhadas. Dois condutores que fazem extra estão evitando que mais três concursados sejam chamados na escala fechada do mês inteiro. O motorista não é obrigado a aceitar a escala emergencial, mas ao se submeter a isso ele assume um risco muito maior em troca de míseros R$ 59,00 para cada 12 horas de plantão. Por meio dia de trabalho, numa escala normal, a diária sobe para R$ 150,00.



Além do Samu, a irregularidade está acontecendo no Hospital da Criança, onde também funciona a Maternidade Barbara Heliodora, no Huerb e na Fundação Hospitalar e Hospital das Clínicas. O PCCR da categoria diz que apenas motoristas treinados para prestar socorro a vitimas em risco de morte poderiam conduzir ambulâncias. No entanto, o governo também chamou motoristas oficiais, aqueles que fazem o transporte de autoridades, para exercer a função, numa clara violação á legislação. 552 motoristas de ambulância estão aprovados no concurso público realizado em 2014. Treze foram convocados há seis meses, mas existem 89 motoristas oficiais tomando o lugar dos condutores aprovados.


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