Balsas passaram a operar na quarta (9), após reunião da PRF-AC com gerentes das balsas. Tempo de espera e travessia diminuiu de 7h para 3h, diz PRF-AC.
Quatro balsas passaram a operar na travessia do Rio Madeira, em Rondônia, a partir desta quarta-feira (9) devido o baixo nível do rio. Com isso, o número de balsas subiu para seis e o tempo de espera e travessia diminuiu de 7h para 3h , segundo informou a Polícia Rodoviária Federal no Acre (PRF-AC), nesta quinta (10). A BR-364 – cortada pelo manancial – é a única via terrestre que liga o estado acreano ao restante do país.
A Defesa Civil Estadual informou na segunda (7) que o Rio Madeira chegou à marca de 10,08 metros na Vila do Abunã, distrito de Porto Velho (RO), local onde os veículos atravessam. A situação está melhor que o mesmo dia do ano passado, quando a medição era de 8,87 metros. A reportagem tentou, mas não conseguiu os níveis atualizados das águas.
O superintendente da PRF-AC, inspetor Cézar Henrique, explicou que as filas de veículos ocasionadas pela demora no trajeto fluvial também diminuiu quando as outras balsas passaram a operar. Ele acrescentou ainda que foram construídos mais dois atracadouros para as balsas.
“Estive na terça-feira [8] lá e conversei com os gerentes das balsas. Tinha uma fila significativa de mais ou menos 2 quilômetros, mas tomamos as medidas. Encontramos bastante tumulto pela falta da polícia lá, mas tudo se acalmou quando chegamos. Fizemos um acordo que inclui a construção de mais dois atracadores. Foram disponibilizadas quatro balsas, sendo uma exclusiva para veículos pequenos e outras três para os veículos de carga. Dessa forma a gente conseguiu reduzir o tempo de espera”, complementou.
O Sindicato das Empresas de Transporte e Logística de Carga do Acre informou ao G1 na quarta que em cotas normais as balsas atravessam 22 carretas por viagem. Porém, devido ao período de seca, o transporte caiu para seis. Segundo o inspetor, as balsas não atravessam o manancial com a capacidade máxima para não encalhar. Para ele, o Acre não corre o risco de ficar desabastecido com as seis balsas operando no momento, mas lembrou que a situação requer atenção uma vez que o nível do rio continua baixando.
“Como o rio está muito seco, a balsa não pode levar a carga máximaporque pode encalhar. Tem essa limitação do peso. No que respeito ao desabastecimento, isso no momento não é problema nenhum”, concluiu.