‘Ele salvou minha vida’, diz Nicole, de 8 anos, ao falar sobre o pai. Menina foi diagnosticada com doença rara que impedia funcionamento de rim.
O auxiliar de contabilidade Fredson Pinho tomou um susto quando recebeu a notícia de que a filha única ia ter que passar por um transplante de rim. A menina, hoje com 8 anos, foi diagnosticada com uma doença rara no rim direito e cistos impediam o funcionamento do órgão.
Sem pensar duas vezes, ele resolveu doar um dos rins para a filha. “Se eu pudesse fazer tudo de novo, faria, com certeza. Quantos rins eu tivesse eu daria pra ela”, diz o pai.
O transplante foi feito em 13 de setembro de 2012, quando ela tinha apenas quatro anos. “Uma mistura de medo, desespero. Você imagina que simplesmente o sonho pode acabar”, lembra o pai.
Foram quatro anos de muito sofrimento até Nicole passar pelo transplante. Agora, ela é um verdadeiro “grude” com o pai, que não esconde a felicidade de estar com a filha.
“No meio de toda a dor você tem um ponto bastante positivo que é a possibilidade de fazer o transplante e melhorar. Aí, quando ela começa a melhorar, a gente vai percebendo essa melhora e tudo isso te deixa bastante feliz”, lembra o pai.
A família fez questão de guardar as recordações de todo o processo que Nicole enfrentou até o transplante. “Temos isso registrado para mostrar pra ela, pra ver o quanto foi difícil, mas ao mesmo tempo vitorioso para todos nós. Isso serve até de lição para ela poder aprender a dar valor a vida”, destaca Pinho.
Já Nicole agradece o pai e diz que ele salvou a vida dela.”Eu penso, na minha mente, se ele salvou minha vida um dia vou agradecer muito por isso. Vou agradecer por ele ter vivido comigo também”, destaca.
Mesmo após o transplante, a preocupação com Nicole ainda não acabou. A pequena precisa tomar vários remédios e passar por acompanhamento médico a cada três meses. Apesar de todas as dificuldades, a mãe, Vanessa Moura, diz que ligação com o pai só se fortalece.