Eva Bastos, de 21 anos, diz que agressão ocorreu na última segunda-feira (14) em Rio Branco. Ex nega e diz que jovem é ‘doente e precisa de tratamento’.
A estudante Eva Bastos, de 21 anos, de Rio Branco, denunciou a agressão contra o ex-companheiro Charles Figueiredo, de 42, em uma postagem no Facebook, datada da terça-feira (15). A jovem diz que foi agredida na segunda (14) na casa do ex, momento em que buscava a filha de 10 meses. Na internet, ela publicou a foto com o machucado em um dos olhos.
Ao G1, Figueiredo negou que tenha agredido a ex-mulher. “Ela é uma pessoa que surta, tem problemas, é usuária de drogas. Veio com armação, preparada para acabar com a minha vida. Ela tinha dito, dias antes, que iria infernizar a minha vida, mas não acreditei. Sempre achei que ela é boa, a amo muito. Acho que ela é doente e precisa de tratamento”, afirmou.
Eva conta que, na segunda, após o dia dos pais, foi buscar a filha do casal, quando começou uma discussão devido ao pagamento de pensão alimentícia. Nervosa, ela afirma que quebrou uma televisão e Figueiredo se exaltou, partindo para agressão física. Um boletim de ocorrência foi registrada e o exame de corpo delito foi feito, segundo ela.
Os dois mantiveram um relacionamento durante um ano e meio, cujo término ocorreu em maio deste ano. Durante o período, a jovem relembra que existiram duas outras agressões – uma durante a gravidez e outra no rompimento. “Nunca quis procurar a delegacia [na época] porque a gente se entendia em casa e tínhamos uma filha”, complementa.
A decisão de escrever a postagem no Facebook, segundo Eva, se deu após orientação de amigos. “Depois de fazer o boletim, continuei com medo e me sentindo desamparada. Decidi publicar a minha revolta quando alguns amigos me aconselharam a expor. Acho que, se não falarmos, nada é feito. Se não o acuasse, ele não se afastaria”, acrescenta.
Figueiredo ressaltou que chegou a registrar dois boletins de ocorrência alegando que estava sendo ameaçado por Eva antes do ocorrido, na segunda, e outro após a data. O homem disse que já chegou a prestar depoimento na delegacia e uma audiência está marcada para a próxima semana.
“Ela me humilhou muito, me bateu. Aguentei muita coisa dela. Na gravidez, ela se jogava no chão, na parede, se batia, se arranhava no rosto. Na época, tive que segurá-la muitas vezes para não perder a neném. Ela está acabando com a vida de um pai de família”, finalizou.