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Nível do Rio Acre está reduzindo 1 centímetro por dia, aponta Defesa Civil

Nível do rio em Rio Branco marcou 1,67 metro na manhã desta terça (8). Em Sena Madureira, Rio Iaco está abaixo de 1 metro.

O nível das águas da bacia do Rio Acre está reduzindo cerca de 1 centímetro por dia. A informação foi repassada pela Defesa Civil do Acre para o Jornal do Acre, da Rede Amazônica. Alguns dos mananciais, como em Sena Madureira, a 145 km de Rio Branco, o nível das águas está abaixo de 1 metro. Nesta terça-feira, o Rio Acre, na capital acreana, marcou 1,67 metro.


Outra cidade que apresenta baixa no volume das águas é Brasileia, distante 232 km da capital acreana. Durante a medição desta terça, o rio já havia registrou 1,15 metro. Em Cruzeiro do Sul, as águas estão a 3,76 metros. O Rio Iaco, em Sena Madureira, iniciou a semana com 60 centímetros. Já nesta terça, as águas tiveram um aumento de 7 centímetros.


Com os níveis dos rios tão baixos, a navegação se torna um problema para quem utiliza esse meio. O produtor Antônio Lima explica que precisa trocar o tipo de motor da embarcação para não bater nos entulhos dentro do rio. “Tem que diminuir a velocidade porque meu barco pequeno faz impacto nos morros de areia”, afirma.


O coordenador da Defesa Civil do Acre, coronel Carlos Batista, disse que é comum a formação de bancos de areia no rio devido o período de estiagem.


“Nesse período, para que a navegação transcorra tranquila, tem que ser barco com motor de rabeta. Mas, isso a própria população ribeirinha já tem conhecimento. Todos os anos nesse período formam esses bancos de areia e eles têm conhecimento de como se movimentar nos rios do nosso estado”, complementou.



Abastecimento

Outro problema que surge durante o período de estiagem é o abastecimento de água para a população. Em 2016, o menor nível do Rio Acre registrado foi no dia 17 de setembro, quando atingiu a marca de 1,30 metro. Se continuar baixando um 1 centímetro por dia, a marca do ano passado deve ser atingida antes do previsto, de acordo com a Defesa Civil.


O diretor do Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa), Miguel Félix, disse que esse ano a margem está um pouco melhor do que no ano passado na mesma época.


“Sabemos que temos um longo percurso pela frente, as chuvas só começam em meados de setembro, então, temos uns 50 dias pela frente. Estamos trabalhando com todo cuidado para evitar um sancionamento e qualquer problema que complique a vida da nossa população em termo de abastecimento”, falou.


O diretor ressaltou que as equipes estão empenhadas para evitar um racionamento de água durante o período. Félix acrescentou que é de fundamental importância que a população utilize água de forma consciente.


“Precisamos imensamente da colaboração da população. Gastar água nessa época do ano de forma consciente é uma necessidade. A água é escassa e se a população não compreender dessa forma o sofrimento vai maior”, concluiu o diretor.



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