Maria da Conceição, de 56 anos, diz que viu o pai pela última vez aos 8 anos em Cruzeiro do Sul. Dona de casa foi criada pela avó.
O sonho da dona de casa Maria da Conceição Barros, de 56 anos, é reencontrar o pai com quem perdeu o contato há quase cinco décadas. Após a separação dos pais, a acreana conta que ela e a irmã foram criadas pela avó materna, que as impedia de encontrá-lo.
Os pais de Maria moravam no Seringal Valparaíso, no interior do estado acreano, também na Região do Juruá. O nome da mãe dela é Maria Ernefina Barros da Silva. Ela não tem certeza do nome do pai, mas acredita que seja Francisco Inácio da Silva.
“Minha mãe se separou do meu pai e minha avó foi nos buscar. Meu pai pediu para nos criar, mas ela [avó] não deixou. O vi pela última vez quando eu tinha oito anos”, lembra. As irmãs foram criadas por Olinda Gomes de Freitas e Lauro Gomes da Silva em Cruzeiro do Sul, mudando-se depois para a capital Rio Branco.
Após a perda dos avós, da mãe e da irmã, Maria revela que o maior desejo é rever o pai, que deve ter aproximadamente 70 anos de idade. A acreana conta que chegou a fazer buscas pelo nome dele na internet, passou mensagens por uma rádio, mas nunca encontrou algo relevante.
“Quando eu era criança, meu pai era moreno e magro. Minha irmã morreu, estou doente e queria ver ele, mas não sei como encontrá-lo. Vou passar o Dia dos Pais triste, porque meu sonho era vê-lo”, finaliza a mulher.