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Mais famílias reclamam da interferência dos bloqueadores de celular em casas próximas ao presídio

Outras famílias entraram em contato com a equipe ContilNet para relatar problemas com sinal telefônico

Noticiada pela ContilNet na última segunda-feira (7), a situação da família Rocha, que reside próxima ao Complexo Penitenciário Francisco D’Oliveira Conde (FOC), fez com que outras famílias entrassem em contato com a redação do site para relatar o mesmo problema: a interferência no sinal de celulares gerada pelos bloqueadores de celulares da unidade prisional.


Por meio do Facebok, Cláudio Silva passou o contato da irmã, Solange de Jesus da Silva. Acompanhando a mãe a uma consulta médica na manhã desta terça-feira (8), a redação conseguiu entrar em contato telefônico, no qual ela relatou o problema que já acontece há semanas.


“Moramos na Estrada Dias Martins, em uma rua logo após o presídio, a cerca de 500 metros. Moram cinco pessoas na mesma residência, e eu produzo verduras numa horta para ajudar na renda da casa. Desde que os bloqueadores entraram em ação, enfrentamos uma dificuldade para nos comunicarmos, pois os clientes ligavam para encomendar os produtos, mas agora esse contato está comprometido”, disse Solange.



Além de ajudar na renda da casa, a produção da horta também auxilia nos exames da mãe de Solange e Cláudio, que recentemente sofreu um derrame. “Ficam de nos ligar para acertar os dias e horários das consultas e exames, mas não conseguem falar conosco. Tentamos até o telefone rural, e o mesmo não adiantou”, explicou Solange.


France Soster, proprietário de uma cerâmica que também fica nas proximidades da FOC, afirma que a interferência também chegou à sua residência e ao local de trabalho. Morador da região há 35 anos, Soster diz que o estabelecimento comercial possui mais de 60 funcionários, e que todos enfrentam interferência nas telecomunicações quando estão no local.


“Nossa internet é usada por um modem de uma empresa de telefonia móvel, e com o bloqueador, até esse acesso foi interrompido. Já me reuni com o diretor do presídio para relatar o problema e, na semana passada, estive no Ministério Público para tentar buscar uma solução. Agora estou no aguardo para ver o que poderá ser feito”, afirmou Soster.


Segundo a assessoria da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), os bloqueadores de telecomunicações estão oficialmente em ação no FOC e no Presídio Antônio Amaro – ambos de segurança máxima e localizadas na Capital acreana. A medida visa impedir a comunicação entre criminosos dentro e fora do espaço, para que novos crimes não sejam ordenados por quem já se encontra privado de liberdade.


Ao total, existem sete unidades prisionais, sendo três na Capital e outras quatro nos municípios de Cruzeiro do Sul, Feijó, Senador Guiomard e Tarauacá. De acordo com informações noticiadas durante entrevista à Rede Amazônica de Televisão, existem planos para instalar bloqueadores de sinal de celular em todas as unidades prisionais do Acre, o que pode gerar novas ocorrências como as relatadas pela ContilNet.


De acordo com a assessoria da Secretaria, não havia surgido nenhum tipo de relato até o momento. Caso o problema persista, os denunciantes também podem procurar os representantes da Segurança Pública para explicar as situações e levar os casos ao conhecimento dos representantes.


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