Defesa pediu revisão da sentença que condenou Adjunior dos Santos Sena a 27 anos e 6 meses de prisão. Vendedora Keyla Viviane foi morta a facadas em março de 2016.
A Justiça do Acre rejeitou o recurso de revisão de sentença de Adjunior dos Santos Sena, condenado pela morte da ex-mulher Keyla Viviane dos Santos, morta aos 29 anos em março de 2016 em frente a loja onde trabalhava, em Rio Branco. A condenação dele, ocorrida em outubro do mesmo ano, chegou a 27 anos e 6 meses de prisão.
Com a análise do recurso, a sentença inicial da 1ª Vara do Tribunal do Júri foi mantida pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC). Sena foi condenado a cumprir a pena – em regime inicial fechado – pelo crime de homicídio doloso triplamente qualificado. Keyla foi morta a facadas e câmeras de segurança chegaram a registrar o assassinato.
Ao G1, o advogado João Victor Lima, que representa Sena, explicou que a intenção é apenas a reformulação da pena, entendida pela defesa como severa. Um novo recurso deve ser impetrado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.
“O recurso é em relação à aplicação da pena, a maneira que a sentença foi aplicada. A meu ver, poderia não ter incidido tanto dessa forma, pelo fato dele [acusado] ser réu primário e confesso. Não é uma tentativa de absolvição, porque não há possibilidade”, complementou.
Relembre o caso
Keyla Viviane dos Santos foi morta a facadas pelo ex-marido no bairro Estação Experimental no dia 29 de fevereiro de 2016. O homem foi preso minutos após o crime. Sete meses depois, a Prefeitura de Rio Branco sancionou a lei 2.210, que levou o nome da vendedora, instituindo no calendário oficial da cidade o dia 1º de março como o “Dia Municipal da Não Violência Contra a Mulher”.