Empresário do setor de transportes, filho do chamado ‘Rei do ônibus’, é investigado por suposto pagamento de propina a políticos do Rio. Ele não poderá deixar o país.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura do empresário, preso desde o começo de julho e apontado como peça-chave do esquema de pagamento de propina do setor de transportes no Rio de Janeiro.
Ao analisar pedido de liberdade, Gilmar Mendes substituiu a prisão por medidas alternativas. Assim, o deputado deverá permanecer em casa à noite e durante os fins de semana; ficará proibido de ter contato com outros investigados; não poderá deixar o Brasil e deverá se apresentar periodicamente à Justiça.
Além disso, ficará suspenso de cargos em entidades ligadas ao transporte de passageiros, ramo no qual atua.
O empresário foi preso no início de julho com base em investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. A força-tarefa encontrou indícios de que ele pagou milhões de reais em propina para políticos do Rio.
Ele é filho de Jacob Barata, que atua no ramo dos transportes de ônibus no Rio de Janeiro há várias décadas. O pai do empresário é conhecido como “Rei do Ônibus” e é fundador do Grupo Guanabara, do qual Jacob Barata Filho também é um dos gestores.
Várias empresas do conglomerado atuam no transporte de passageiros no Rio, e os negócios da família também se estendem para outras cidades e estados e meios de transporte.