O Hospital de Base do Distrito Federal informou neste domingo (13) que é grave e instável o estado de saúde do ex-senador boliviano Roger Pinto Molina, que caiu do ultraleve que pilotava na noite passada, no município goiano de Luziânia. Molina, de 57 anos, que deu entrada no hospital na noite de sábado (12), era o único ocupante da aeronave.
O atendimento médico teve início ainda no local do acidente. Após a transferência para o Hospital de Base, foram feitas tomografias, exames laboratoriais e de raio X, drenagem bilateral no tórax e traqueostomia de urgência. O político boliviano encontra-se politraumatizado, com traumatismo cranioencefálico e em ventilação mecânica.
O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer) informou que iniciou operações para investigar as causas do acidente. Investigadores do Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos deslocaram-se hoje (13) para Luziânia, na região do Entorno do Distrito Federal, a fim de fazer registros fotográficos, coletar documentos e realizar entrevistas.
“O objetivo da investigação realizada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e pelos seus serviços regionais, é prevenir novas ocorrências com características semelhantes”, diz nota oficial divulgada pelo órgão.
Roger Molina está no Brasil desde 2013, quando buscou asilo no país alegando perseguição política. Antes, ele viveu alguns meses na embaixada brasileira na Bolívia, em condição de asilado.
Para deixar o país natal, o ex-senador precisava da concessão de um salvo-conduto, que consiste em uma permissão para que pudesse transitar pelo território sem ser preso. Mesmo sem receber o documento, Molina entrou no Brasil, com o apoio de autoridades brasileiras, o que causou polêmica. O governo boliviano alegava que Molina tentava sair do país para não responder na Justiça por crimes de danos econômicos ao Estado, calculados em US$ 1,7 milhão.