Nilson Areal, ex-prefeito de Sena Madureira, nega acusações e afirma que vai recorrer da decisão. Sentença foi publicada no Diário da Justiça na quinta-feira (3).
O ex-prefeito de Sena Madureira Nilson Areal deve devolver R$ 10,9 mil aos cofres públicos do município por ter contratado uma funcionária fantasma que teria atuado como gerente de abastecimento de fevereiro a setembro de 2009. Ao G1, Areal informou que vai recorrer da decisão.
A decisão da Vara Cível da Comarca do município foi assinada pela juíza de Direito Andreia da Silva Brito e publicada no Diário da Justiça na quinta-feira (3). A decisão cabe recurso e o ex-prefeito nega as acusações afirmando que apenas assinou o decreto de nomeação da funcionária.
A sentença desta quinta também prevê que Areal pague uma multa de R$ 20 mil por improbidade http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativa e suspensão dos direitos políticos por oito anos. A juíza manteve a indisponibilidade de bens do político que já havia sido decretada.
A denúncia de improbidade foi feita pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) e acolhida pela Justiça. A decisão, também condenou o ex-prefeito a perda da função ou cargo público que esteja ocupando. Areal também fica proibido de contratar com o Poder Público ou receber benefícios e incentivos fiscais de forma direta ou indireta pelo prazo de cinco anos.
Indisponibilidade de bens
Em 19 de maio deste ano, o MP-AC ingressou com uma ação civil pública pedindo a indisponibilidade dos bens de Areal. Conforme o MP-AC, o político acumulou cargos públicos remunerados de forma indevida no período de 2013 a fevereiro de 2015.
O MP-AC já havia pedido, em 5 de março de 2017, a indisponibilidade de bens do ex-prefeito, da mulher dele, Leuda Mendes de Almeida, e de Arthur Machado de Souza, que era ex-funcionário de Leuda. A denúncia da promotora de Justiça Patrícia Paula dos Santos diz que Areal, na época prefeito, emitiu cheques pela prefeitura do município, mas os serviços não foram prestados.
Em 12 de setembro de 2016, Areal foi preso preventivamente após determinação da Vara Criminal da cidade que o condenou a pouco mais de 18 anos de prisão em regime inicialmente fechado por crimes contra a http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração pública.
Em 2013, o ex-prefeito também teve a prisão preventiva decretadapela Justiça. Na época, pesavam ainda contra Areal as denúncias de improbidade http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativa e fiscal, de quando ele era prefeito, além de alguns processos nas esferas federal e estadual.
No mesmo ano, o MP-AC ofereceu denúncia contra Areal por corrupção. O ex-prefeito foi apontado como responsável de montar um esquema de ‘laranja’ para desviar recurso públicos. Além do ex-prefeito, outras 14 pessoas foram denunciadas pelo órgão por receber sem trabalhar.