Animais foram resgatados em uma residência no bairro Boa Vista, região da Baixada da Sobral. Cães estavam amarrados no sol sem água e comida, diz polícia.
Uma denúncia anônima levou equipes do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) e do Centro de Zoonoses de Rio Branco a resgatar dois cães em situação de maus-tratos em uma residência no bairro Boa Vista, região da Baixada da Sobral, na capital acreana. Os cachorros estavam amarrados no sol sem água e comida.
A dona dos animais foi levada para a Delegacia de Flagrantes (Defla) e liberada após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O caso foi registrado na sexta-feira (5).
O subtenente do BPA José da Silva contou ao G1 nesta segunda-feira (7) que a proprietária dos animais disse que passa o dia fora de casa, mas negou que tivesse abandonado os cachorros. Ela deve responder por maus-tratos.
“Disse que, às vezes, deixa de comprar comida para ela para comprar para os animas. Mas, um dos cães estava em péssimas condições de saúde, debilitado e não conseguia nem andar. Tivemos que fazer os procedimentos que a lei determina, entramos em contato com o Centro de Zoonoses e fizeram o recolhimento dos cães. Antes de ir para o Centro, passamos na delegacia para mostrar ao delegado como os animais estavam”, complementou.
O diretor do Centro de Zoonoses de Rio Branco, Everton Arruda, falou que um dos animais está com problemas de pele e bastante debilitado. Desde o resgate, os cães recebem alimentos e cuidados médicos das equipes do Centro. Ele reafirmou que os animais estavam em total situação de abandono.
“Estavam abandonados a própria sorte. A vasilha de água estava suja. Tem um que não quer comer. São bem agressivos, tipos dos que vivem amarrados mesmo. Conversamos com ela, dizemos o porquê estávamos retirando os animais dela. Ela disse que não sabia, e falei que não precisava ser instruído para saber que o animal não pode ficar amarrado no sol quente. Revoltou os agentes de polícia, nossa equipe”, falou.
Arruda afirmou que os cachorros não deve retornar para antiga dona. O diretor explicou ainda sobre a importância das denúncias anônimas.
“Vão ficar com a gente até serem adotados. Fui lá hoje [segunda, 7] e um quis avançar em mim, mas é porque vivia amarrado. É importante o papel da denúncia porque a gente não tem condições de saber de todos os maus tratos da cidade. As pessoas têm que entender que animais dão trabalho, que precisam tomar banho, passear e não podem ficar amarrados no fundo do quintal eternamente, como era antigamente. É uma cultura muito aqui do Acre. Isso não é correto e não aceitamos”, finalizou.