Polícia prendeu duas pessoas e apreendeu três menores que eram investigados pelos ataques praticados na noite de sábado em Rio Branco.
Pelo menos duas pessoas foram presas e três menores apreendidos no final da manhã desta terça-feira (8), no Recanto dos Buritis, em Rio Branco, suspeitos de envolvimento nos ataques criminosos. Segundo o Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp), o grupo era investigado por participar dos ataques praticados na noite de sábado (5), quando foram registrados três homicídios e três ônibus incendiados.
Desde à noite de sábado (5), o Acre enfrenta uma onda de ataques criminosos a prédios públicos, patrimônios e ônibus. Nas cidades de Tarauacá, Feijó, Cruzeiro do Sul, Porto Acre, Senador Guiomard e Rio Branco foram confirmados diversos incêndios, ataques a casa de agentes da Segurança Pública e prédios. Para reforçar a segurança, o Sisp diz que colocou convocou 400 agentes.
Em entrevista ao jornal Acre TV, da Rede Amazônica, nesta segunda (7), o secretário de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela, afirmou que a Segurança havia prendido 31 suspeitos de participação nos ataques criminososque ocorrem em Rio Branco desde a noite do sábado.
Sobre as prisões desta terça, a Segurança informou que foi apreendido um revólver e os celulares dos envolvidos. A polícia acredita que o local servia como esconderijo para o grupo. Nos celulares, a polícia diz ter encontrado mensagens entre membros de facções falando sobre outros ataques.
Prisão no Taquari
Durante a ação no Recanto dos Buritis, o Sisp disse que foi informado de um assalto a uma loja de confecções na capital acreana. Em patrulhamento para tentar encontrar os autores do crime, a polícia prendeu duas pessoas, no bairro Taquari, que estavam com vários objetos roubados e um carro da loja.
Ataques
Os ataques criminosos, segundo a Segurança Pública, são uma retaliação de facções criminosas após o bloqueio de sinal telefônico nos presídios de Rio Branco. Com o ataque em Porto Acre, sobe para nove o número de ônibus incendiados em ações criminosas, que começaram no sábado (5) em Rio Branco.
O secretário de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela, afirmou que a Segurança deve instalar bloqueadores de sinal de celular em todas as unidades prisionais do Acre. A informação foi divulgada durante entrevista ao Jornal Acre TV, da Rede Amazônica.
Portela informou na mesma entrevista que havia subido para 31 o número de presos suspeitos de participação nos ataques criminosos. Ele acrescentou ainda que armas de fogo, veículos e outros materiais que poderiam ser utilizados na execução de novos crimes foram apreendidos durante o final de semana.
O secretário reiterou que o trabalho esta semana continua nos mesmos moldes, com todo o efetivo envolvido – incluindo policias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e ainda o Exército. No domingo (6), mais de 400 homens foram convocados para o policiamento na capital, além dos 150 que normalmente atuam na cidade.
A onda de violência começou na noite do sábado e manhã de domingo. Até aquele momento, quatro ônibus haviam sido incendiados e o transporte coletivo foi paralisado temporariamente. Foi necessária escolta policial para que os veículos voltassem a circular. O interior do estado também teve ocorrências.
Na sexta (4), a Segurança Pública chegou a remanejar 22 presos para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) no Presídio Antônio Amaro, de segurança máxima – o que também foi apontado com fato motivador aos atentados.