Dragas continuam abrindo canais no meio do Rio Madeira para a passagem de balsas

Por causa do nível muito baixo do Rio Madeira na região do Distrito do Abunã, em Porto Velho (RO), dragas continuam trabalhando a todo vapor e abrindo canais para a passagem das balsas. No último domingo (13), quem trafegou naquela região testemunhou equipes trabalhando bastante nas embarcações para não deixar acumular veículos e prejudicar o abastecimento de produtos no Acre.


Por lá, a movimentação de operadores de dragas e de balsas continua grande. Com o reforço das embarcações, quatro no total, que fazem a travessia no Rio Madeira, foi preciso o deslocamento de um flutuante para a retirada de areia do fundo do rio e abrir canais. Plataformas foram feitas para que as balsas pudessem atracar e fazer o processo de embarque/desembarque dos veículos e pedestres.


Nas últimas semanas, com a seca do Rio Madeira, uma fila composta por carretas e caminhões se formou no Distrito do Abunã rumo ao Acre e acumulou em até 10 km de congestionamento. Um plano emergencial foi criado e posto em prática. O reforço redefiniu a logística da região. Caminhões e automóveis estavam sendo transportados todos juntos. No entanto, a empresa responsável pelas balsas fez a devida separação. Mas, depois do esvaziamento da fila, nossa equipe de reportagem aferiu que carros de passeio e caminhões tornaram a ser transportados na mesma balsa.


Sobre a logística e os trabalhos das balsas, funcionários da empresa responsável pelos serviços evitam comentar. Mesmo assim, para muitos transeuntes a travessia ficou mais rápida. “Antes mesmo das filas a gente atravessava em 30 minutos, mais ou menos. Agora em menos de dez minutos é possível chegar até o outro lado. Para nós que estamos em viagem, há muitas horas, é uma benção”, disse o funcionário público Edgar Silva.


Assim como o Acre, Rondônia passa pelo período de verão amazônico (seca), quando durante meses não chove. A previsão de chuvas é para setembro. O Rio Madeira é a segunda via de transporte mais importante da região Amazônica. Navegável em uma extensão de 1.086 quilômetros, ele permite a movimentação de grandes e pequenas embarcações, usadas para o transporte de mercadorias e abastecimento da região.


Situação de Emergência – O Ministério da Integração está aguardando o envio da solicitação de reconhecimento de situação de emergência por parte do governo de Rondônia, passo fundamental para que o estado possa receber apoio federal. Nessa segunda-feira (14) o governador do estado vizinho, Confúcio Moura (PMDB), assinou o decreto que deve ser publicado nos próximos dias no Diário Oficial.


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