Programação do ‘Justiça pela Paz em Casa’ tem palestras e orientações jurídicas. Mutirão quer reduzir número de inquéritos tanto na delegacia como na Justiça.
Um acúmulo de 7 mil inquéritos é o que contabiliza a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Rio Branco. Crimes que envolvem ameaça e lesão corporal são os mais frequentes. Na Vara de Proteção à Mulher, 3 mil processos aguardam por julgamento e a cada mês, cerca de trezentos novos casos dão entrada.
E para tentar reduzir esses números, um mutirão de processos criminais e de inquéritos é realizado na capital. Esse trabalho faz parte das atividades programadas para a oitava semana de Justiça pela Paz em Casa.
Durante o lançamento das atividades, participaram autoridades e até mesmo vítimas de violência. “A gente vai intimar as vítimas, testemunhas e os investigados. Depois da Maria da Penha, houve um acréscimo de registros e a gente está tentando dar vasão”, explica a delegada da Deam, Kelcinaira Mesquita.
Já a juíza da Vara de Proteção à Mulher, Shirley Hage, diz que os números aumentaram porque também as mulheres começaram a sentir mais segurança para denunciar.
“Nós temos uma situação onde a violência ainda é muito grande. Aumenta o número de violência, mas as mulheres também estão denunciando mais. As mulheres começaram a ter uma ideia melhor, sabem a quem procurar, e é isso é o que a gente tenta levar também”, explica.
Além dos mutirões, palestras, atendimentos para orientações jurídicas e o lançamento da nova edição da cartilha voltada para as formas de obter ajuda também fazem parte da programação.
“A semana da paz é uma obrigação nossa, de todos nós. Fomentarmos a paz e o CNJ, com uma campanha da ministra Carmem Lúcia, para que a gente tenha mais paz no lar”, destaca a presidente do Tribunal de Justiça do Acre, Denise Bonfim.