Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento foi de 5% no número de casos da doença.
Entre janeiro e julho deste ano, 10.747 casos de malária foram registrados em Cruzeiro do Sul, 5% a mais que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram registrados 10.276 casos da doença. A cidade vive uma epidemia da malária há mais de uma década.
A coordenadora de Vigilância Entomológica, Muana Araújo, disse que, apesar do aumento, a situação está controlada no município e ações estão sendo desenvolvidas para combater o mosquito anophelis, transmissor da doença.
“Em maio tivemos mais de 1,8 mil casos. Fechamos o mês de julho com 1,6 mil, o que já é uma diminuição considerável. Estamos trabalhando para que as ações sejam continuadas, não faltem os insumos e medicamentos para tentar diminuir o sofrimento de quem é acometido pela malária”, disse Muana.
Para que as ações não parem, o município contratou provisoriamente 63 agentes de endemias. “No dia 31 de julho os agentes tiveram os contratos vencidos com o Estado. Para não haver a descontinuação das ações foram contratados provisoriamente até a realização de um concurso para absorção dos agentes pelo município. Com isso, as ações estão tendo continuidade. Nosso objetivo é evitar que nos próximos meses a doença volte a crescer na cidade”, explica.
A coordenadora destacou o papel da população no combate à doença. “A importância é receber bem os agentes de endemias, procurando as unidades de saúde ao sentirem os primeiros sintomas da doença. Existem laboratórios de endemias em todas as unidades de saúde e unidades hospitalares. Precisamos entender que malária não é normal, malária é uma doença grave, que mata”, alertou.
A doença costuma demorar a ser diagnosticada, pois a picada do mosquito tem um efeito lento no corpo humano. Em alguns, casos a pessoa nota seus primeiros sintomas depois de 15 dias da picada. Os sintomas mais comuns, segundo a coordenadora, são febre alta, acima de 38 graus, e dor de cabeça.