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Corpo de adolescente desaparecido é achado em matagal em Rio Branco, diz família

José da Silva Lima, de 16 anos, estava sumido desde o último dia 20, no bairro São Francisco. Irmã diz que corpo estava perto de onde pertences foram achados.

O corpo do adolescente José da Silva Lima, de 16 anos, desparecido desde o último dia 20, foi encontrado na tarde desta terça-feira (29) em um matagal no bairro São Francisco, em Rio Branco, perto de onde morava. A informação foi confirmada pela irmã dele, Vanessa Araújo, de 27 anos. O cadáver estava enterrado em uma cova rasa e apresentava marcas que podem ser de tiros.


Abalada, Vanessa afirmou apenas que Lima foi achado por amigos durante buscas na região. O corpo estava perto de onde foram achados o boné e o par de sandálias do jovem. “Não estou em condições de falar, mas foi encontrado dentro da mata pelos familiares e amigos, com a companhia da Polícia Civil”, disse.


Câmeras de segurança registraram as últimas imagens do adolescente logo após sair de casa, no São Francisco, para jogar futebol com amigos em uma quadra no Conjunto Edson Cadaxo. Ele aparecia vestido de branco, com boné preto e sandálias ao lado de um amigo que empurrava uma bicicleta.


Os dois caminhavam tranquilamente até que o amigo parou em casa, no conhecido como Beco do Cícero, e o jovem segue andando, desaparecendo das câmeras. Vanessa falou que Lima foi visto pela última vez a duas quadras da residência da família.


O delegado Rêmulo Diniz, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação, afirmou que o corpo foi enterrado em uma cova sem muita profundidade e que havia marcas que indicam tiros. No entanto, a polícia vai aguardar o laudo pericial para comprovar a causa da morte.


“Faz nove dias que o corpo está enterrado e há sinais de perfuração que podem ser por arma de fogo. Tudo indica que foram efetuados ao menos dois disparados contra a vítima, que pode também ter sofrido tortura antes de ser executado. Era uma cova rasa, mas em local de difícil acesso, o que vai dificultando as buscas”, falou.


Entenda o caso

Amigos de Lima disseram que, no dia do desaparecimento, ele foi até a quadra, jogou algumas partidas e chegou a falar com o avô. Na última quarta (23), uma equipe do Corpo de Bombeiros, acompanhada da família, fez buscas no matagal, próximo ao igarapé São Francisco, local onde os objetos pessoais foram achados.


No dia seguinte, o caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Na ocasião, o delegado Rêmulo Diniz, disse que o encaminhamento se deu por causa de indícios que o adolescente tenha sofrido algum tipo de violência.


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