Para a ex-presidente, a comercialização da empresa também pode deixar o país sujeito a apagões
A privatização da Eletrobras, proposta divulgada pelo Governo Federal nessa segunda-feira (21), não foi vista com bons olhos pela ex-presidente Dilma Rouseff, que já foi ministra de Minas e Energia no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nas redes sociais, Dilma opinou que, caso a Eletrobras seja vendida, a conta de luz vai subir e a decisão pode criar risco de “apagão”. As informações são do UOL.
Os apagões aconteceram em 2001, quando Fernando Henrique Cardoso era presidente. Os consumidores foram obrigados a racionar energia na época. O atual ministro de Minas e Energia, Fernando Coleho Filho, creditou a opinião da ex-presidente de “barbaridade, já que outros países adotaram a privatização e não tiveram ajustes nas contas de luz.
Um dos motivos para vender a Eletrobras, afirmou Dilma, seria para o governo “vender na bacia das almas” as principais hidreléticas e linhas de transmissão por causa do anúncio de uma meta fiscal “irreal”. Agora, de acordo com ela, a solução da http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração federal é “vender o patrimônio do povo brasileiro para cumpri-la”.
Venda
Apesar de o governo não informar quantas ações pretende vender no processo, o Ministério de Minas e Energia disse que a fatia total é avaliada aproximadamente R$ 12 bilhões.
“Apesar de todo o esforço que vem sendo desenvolvido pela atual gestão, as dívidas e ônus do passado se avolumaram e exigem uma mudança de rota para não comprometer o futuro da empresa”, afirmou o ministério. A dívida líquida da empresa no fim de junho era de R$ 23,4 bilhões.
Após anúncio
As ações da Eletrobras disparam depois da proposta para privatizar a empresa. Às 11h45 desta terça (22), as ações ordinárias da Eletrobras avançavam 35,70%, para R$ 19,27, enquanto os papéis preferenciais se valorizavam 24,23%, para R$ 22,15. Já a Bolsa brasileira tinha alta de 2,08%, para 70.065 pontos.