Wesley Ferreira, de 28 anos, afirma que fila de veículos ultrapassava os oito metros em Abunã, distrito de Porto Velho. Balsa é único meio que liga Acre ao resto do país por via terrestre.
O Rio Madeira, em Rondônia, volta a causar preocupação aos motoristas que precisam chegar ao Acre pela BR-364, único acesso terrestre que liga o estado ao restante do país. O caminhoneiro acreano Wesley Ferreira, de 28 anos, relata que, devido ao baixo nível do manancial, precisou esperar 22 horas para fazer a travessia.
Ferreira, que trabalha com o carregamento de cimento, afirma que fez a travessia pela balsa na última quarta-feira (2). Segundo o caminhoneiro, a fila de veículos que aguardavam para atravessar o manancial em Abunã, distrito de Porto Velho (RO), ultrapassou os oito quilômetros. Ele gravou um vídeo mostrando um pouco da situação.
“Fiquei 22 horas na fila, porque diminuiu a quantidade de caminhões na travessia. A balsa maior normalmente carrega 10 caminhões e trouxe só cinco e outros cinco carros pequenos. Lá, nos disseram que, de um dia para o outro, o rio secou 70 centímetros”, complementa. Agora, o acreano se prepara para fazer o trajeto de volta no domingo (6).
Ao G1, a central da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Porto Velho informou que uma equipe foi enviada à BR-364 na manhã da sexta-feira (4) para acompanhar a situação da fila de veículos. No entanto, devido à falta de sinal telefônico, não havia mais informações sobre o caso.
A Defesa Civil do Acre também informou que está acompanhando a situação no estado vizinho, mas destacou que sai da jurisdição deles. Porém, um relatório enviado semanalmente mostra que o nível do Rio Madeira, na Vila do Abunã, está em mais ou menos 9,61 metros. Enquanto, o normal seria ficar em 15 metros.
“Estamos de olho. O que está acontecendo é atraso de travessia, mas ela não está impedida, o grande transtorno que está fazendo para os caminhoneiro é a questão da demora. O que acontece, se tiver um início de desabastecimento, aí vamos cair em campo como sempre fizemos. Mas, por enquanto, essa demora está dentro do esperado devido à baixa do rio porque afeta diretamente a nós”, explicou o major Cláudio Falcão, do Corpo de Bombeiros.