Gabriel Rodrigues desenha desde adolescente, mas somente em 2014 decidiu seguir carreira profissional. História do Acre é o tema da próxima exposição do artista.
Com lápis de cor e papel, o artista plástico Gabriel Rodrigues faz desenhos realistas cheios de emoção e que mostram lugares, religião e cultura. Com apenas três anos de carreira, o pintor é bem detalhista e já trabalha em um desenho para a próxima exposição dele que vai abordar a história do Acre.
“Ele [quadro] vai falar sobre a saudade que as pessoas que chegavam aqui no Acre sentiam da terra natal. Então, vou trazer uma mulher negra com uma ave que chama a ‘mãe da lua’ e que tem um canto muito triste”, explica.
Rodrigues usa materiais simples, mas seus quadros são repletos de significado. A paixão pela pintura é antiga e na adolescência os desenhos eram feitos apenas com o lápis preto. Aos poucos a cor foi sendo inserida no trabalho do artista.
“O desenho está na minha carga genética e desenvolvi desde a infância. Em 2014 passei a vender quadros, trabalhar profissionalmente. Nunca fiz cursos, mas as pessoas viram, gostaram e aí eu fui desenvolvendo técnicas”, destaca.
É possível perceber a mudança do artista desde o primeiro desenho que ele fez usando a técnica com lápis de cor e papel.
“Eu vejo nitidamente que houve uma evolução através da prática. E isso foi muito benéfico. Hoje, quando as pessoas veem um quadro meu, elas já dizem ‘é um quadro do Gabriel’ e isso faz parte de uma construção de identidade”, afirma.
Além de artista plástico, Rodrigues é advogado e se divide entre as duas profissões. A próxima exposição ainda não tem data definida, mas sempre que tem um tempo livre ele trabalha nos desenhos.
Como reconhecimento por tanto esforço, o artista venceu um concurso e um dos quadros dele que aborda a formação histórica e cultural da Amazônica vai ilustrar todo o material gráfico do Encontro Nacional da Pastoral da Juventude. O evento católico está marcado para janeiro de 2018.