Com 4,41 casos por 100 mil habitantes, taxa de estupro coletivo no Acre é a maior do Brasil

Um levantamento divulgado neste domingo, 18, pela Folha de São Paulo, mostra que os estupros coletivos aumentaram 125% no Acre entre 2015 e 2016. sendo que a incidência atual põe o Estado entre os líderes desse terrível crime no País. A situação do Acre está na 17ª posição na escala dos Estados que mais pioram quando o assunto é estupro coletivo. O vizinho Estado de Rondônia lidera a ranking da deterioração, registrando aumento de 1.150% no período analisado.


Além disso, Acre, Tocantins e Distrito Federal lideram as taxas de estupro coletivo por cem mil habitantes –com 4,41, 4,31 e 4,23, respectivamente. Esse tipo de crime representa hoje 15% dos casos de estupro atendidos pelos hospitais –total de 22.804 em 2016.


Desde 2011, dados sobre violência sexual se tornaram de notificação obrigatória pelos serviços públicos e privados de saúde e são agrupados em um sistema de informações do ministério, o Sinan.


“Os números da saúde, contudo, representam só uma parcela dos casos. Primeiro porque a violência sexual é historicamente subnotificada e nem todas as vítimas procuram hospitais ou a polícia e, em segundo lugar, porque 30% dos municípios ainda não fornecem dados ao Sinan”, diz o texto de Claudia Collucci, completando que estudos feitos pelo Ipea mostram que apenas 10% do total de estupros são notificados. Considerando que há 50 mil casos registrados por ano (na polícia e nos hospitais), o país teria 450 mil ocorrências ainda “escondidas”.


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