Homem ficou com lesão irreversível por causa de treinamento feito em 2009. Decisão foi publicada no Diário da Justiça da terça-feira (29) e ainda cabe recurso.
A Justiça do Acre condenou um centro de formação de vigilantes a pagar R$ 8 mil de indenização por danos morais a um aluno que teve problema auditivo após o curso de tiros. O caso ocorreu em Rio Branco e o processo corre há quase uma década. A sentença foi publicada no Diário da Justiça da última terça-feira (29).
O G1 tentou, mas não conseguiu contato com a http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração do centro de formação ou com o advogado do estabelecimento até esta publicação.
O aluno José Paixão, segundo informou o Tribunal de Justiça (TJ-AC), fez a formação para vigilante e acabou desenvolvendo o problema auditivo irreversível na etapa prática de tiros, na Rodovia AC-40. No processo, ele relatou que foram fornecidos apenas óculos de proteção aos alunos e instrutores, o que teria ocasionado a lesão.
O centro chegou a negar a falta dos protetores auriculares e alegou que, por conter menos pólvora, os tiros disparados no treinamento possuem um volume mais baixo que os normais. No entanto, o problema do aluno foi atestado por especialista e por uma junta médica. Havendo ainda o relato de testemunhas que confirmaram a falta do equipamento de proteção.
Apesar de determinar o pagamento da indenização, a juíza Zenice Mota, da 3ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, que assina a sentença, não concedeu o “pedido de pensionato mensal no valor de 1 salário-mínimo”, também pedido pela defesa.
O advogado de Paixão, Gersey Souza, diz que a defesa não deve recorrer da sentença, devido ao tempo de espera pela decisão judicial. “Como é um processo antigo, já não temos tantos elementos de prova, por terem se passado quase 10 anos. Não vamos recorrer, vamos deixar acabar logo”, complementa.