A cidade não possui um quartel próprio, sendo atendida por homens enviados de Rio Branco. A medida foi adotada desde a última terça-feira (8).
O Corpo de Bombeiros destacou uma guarnição permanente à cidade de Porto Acre, distante 78 km de Rio Branco. A cidade não possui quartel e o efetivo que atende às ocorrências na cidade era enviado da capital acreana. O trabalho é feito desde a última terça-feira (8).
O motivo de manter uma guarnição – com cinco militares – no local é dar uma resposta mais rápida às queimadas, mais comuns no período de estiagem, e também a possíveis ataques no município. O estado vivencia uma onda de violência desde o dia 5 de agosto.
“É apenas uma base, não é um quartel. É tanto para os ataques que estavam acontecendo quanto à questão de crimes ambientais que ocorrem diariamente”, reitera o major Cláudio Falcão. Os bombeiros permanecem em Porto Acre das 13h às 6h do dia seguinte. O serviço é prestado diariamente.
Na semana passada, três ônibus escolares foram incendiados em Porto Acre. Os veículos eram usados para transporte de crianças principalmente da zona rural. Ao todo, cinco ônibus estavam na garagem da Secretaria Municipal de Educação, mas somente os três foram atingidos.
Ataques
O Acre enfrenta ataques desde o dia 5 de agosto. Nesse período, criminosos já incendiaram ônibus públicos e escolares na capital e no interior do estado, além de prédios públicos e residências. Os casos seriam uma resposta dos bandidos à instalação de bloqueadores de sinal de celular no Complexo Penitenciário Francisco d’Oliveira Conde e Presídio Antônio Amaro.
Até a última quarta (9), ao menos 48 pessoas já foram presas sob a suspeita de envolvimento com os ataques criminosos no estado acreano. A informação foi divulgada pelo secretário de Segurança Pública, Emylson Farias, durante entrevista ao jornal Acre TV, da Rede Amazônica.
Focos de incêndios
Entre 1° e 11 de agosto, o estado acreano acumulou 791 focos de queimada, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Mesmo com o quantitativo, o estudo mostra que houve uma redução de 29% no número de ocorrências em 2017 se comparado ao mesmo período de 2016, que teve 1.120 focos.
Os meses com o maior número de registros foram os de julho e agosto. Os dados apontaram ainda que as cidades de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul são as que mais possuem ocorrências. No entanto, de acordo com o Inpe, Rodrigues Alves é o local mais preocupante, com maior número de focos por km².