Ataque terrorista em Barcelona: o que se sabe e o que falta esclarecer

Polícia diz que há 13 mortos e dois suspeitos foram presos. Condutor da van está desaparecido.

Uma van foi usada para atropelar várias pessoas em La Rambla, via que fica em uma das regiões mais turísticas de Barcelona, na Espanha, nesta quinta-feira (17). Abaixo, veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o ataque:


Onde ocorreu o ataque?

O atropelamento ocorreu nas imediações da praça Catalunha, em La Rambla, em Barcelona, na Espanha. O jornal local “La Vanguardia” diz que o veículo atingiu vítimas ao longo de 600 metros da via (mapa abaixo).


Qual carro foi utilizado no ataque?

A polícia investiga o uso de duas vans. Uma delas foi usada de fato no atropelamento em La Rambla, enquanto um segundo veículo do tipo foi localizado na cidade de Vic, a cerca de 60 km ao norte de Barcelona.


Quantos suspeitos estariam envolvidos?

Testemunhas relataram à imprensa local ter visto pelo menos duas pessoas na van envolvida no atropelamento. Uma rádio local afirma que, na van, foi achado o passaporte de um cidadão espanhol morador de Melilla, cidade autônoma espanhola que fica na costa mediterrânea da África.


Dois suspeitos foram presos. Segundo a imprensa local, outro suspeito morreu em uma troca de tiros.


Quantos morreram e quantos ficaram feridos?

O governo de Barcelona informou que há 13 mortos e 100 pessoas ficaram feridas, sendo 15 feridos graves, 23 menos graves e 42 feridos leves. Há feridos de diferentes nacionalidades.


Algum suspeito foi detido?

A polícia da Catalunha confirmou que prendeu dois homens, um deles é espanhol nascido em Melilla e outro é marroquino, mas não são os condutores da van. Um dos homens chegou a ser identificado como Driss Oukabir, mas há dúvidas sobre se este era de fato o nome de um dos terroristas. Um terceiro suspeito morreu em uma troca de tiros com a polícia. O motorista está desaparecido.


Quem é Driss Oukabir?

Ainda é incerta a identificação. Inicialmente, a imprensa local afirmou que um dos detidos foi identificado como Driss Oukabir, morador de Ripoll, cidadão marroquino, de 28 anos e residente legal na Espanha. O detido é apontado como o suspeito de ter alugado o veículo usado no ataque. Ele foi preso em Santa Perpetua de la Mogada, município perto de Barcelona.


Apesar disso, um homem que se identificou justamente como Driss Oukabir – que foi apontado como um dos suspeitos presos – procurou a delegacia de Girona para afirmar que seus documentos foram roubados, segundo o “La Vanguardia”. Ele procurou a polícia após ver suas fotos na imprensa e disse que no momento do ataque ele estava em Ripoll.


Algum grupo terrorista reivindicou o ataque?

Segundo a agência Amaq News, o grupo Estado Islâmico reivindicou o ataque em Barcelona. A informação foi repassada pelo grupo de monitoramento de atividades islamitas SITE. O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, pediu coordenação máxima para prender os agressores.


Tentativa de fuga

Segundo o “El País”, houve um incidente na Avenida Diagonal, uma das saídas de Barcelona. Um agente da polícia catalã foi atropelado em um ponto de controle. O suspeito morreu em uma troca de tiros com a polícia em Sant Just Desvern, município próximo a Barcelona.


Terroristas ficaram entrincheirados em restaurante?

Ao anunciar a prisão do suspeito, a polícia negou que ele tenha ficado entricheirado em um restaurante perto do tradicional mercado La Boquería, na Rambla, como havia divulgavado a imprensa local.


O centro turístico foi fechado?

Não. A região foi isolada, e as estações de metrô e trem perto do local do atropelamento foram fechadas. As autoridades pedem que os moradores da cidade e os turistas evitem circular pela região.


A prefeitura suspendeu todas as atividades públicas, inclusive a tradicional festa do bairro de Gracia.


Há mais algum incidente ligado ao atentado?

A polícia da Catalunha investiga uma possível conexão entre o atentado e a explosão de uma casa em Alcanar, na noite de quarta. Atribuída a um vazamento de gás, a explosão causou a morte de uma pessoa e deixou outras sete feridas.


Este foi o primeiro ataque terrrorista no país?

Não. Em março de 2004, militantes islâmicos colocaram bombas em vagões de metrô em Madri. O atentado, o mais mortal da história espanhola, deixou 191 mortos e mais de 1.800 feridos.


 

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