Categoria se reuniu com governo na tarde de segunda (21) e aceitou o pagamento das duas parcelas atrasadas. Caçambeiros fecharam as entradas do Deracre na quinta (17) e sexta (18).
A pós fecharem a entrada de dois prédios do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre) por falta de pagamento, o grupo de caçambeiros entrou em acordo com o governo do estado durante uma reunião na tarde de segunda-feira (21). Os manifestantes haviam ameaçado fechar a entrada das quatro pontes de Rio Branco caso o governo não negociasse a dívida de R$ 8 milhões.
A manifestação começou na quinta (17) após a categoria fechar a entrada do prédio do Deracre com várias caçambas, na Via Verde, capital acreana. Na sexta (18), os manifestantes alegaram que foram ameaçados pelo governo com o fim dos contratos caso não retirassem os veículos no prazo de 60 minutos. O governo disse que só receberia a categoria mediante a liberação dos prédios. Como voto de confiança, o grupo resolveu retirar os veículos na tarde de sexta.
Ao G1, o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros e Máquinas Pesadas do Acre, Júlio Farias, falou que o governo garantiu depositar ainda nesta terça (22) o valor de R$1,6 milhão referente as duas parcelas do acordo que estavam atrasadas. Além disso, o governo prometeu que vai continuar pagando as parcelas no valor de R$ 800 mil.
“Passamos dois dias na mobilização, demos um voto de confiança para o governo na sexta e passamos sábado e domingo sem manifestar. Estava organizada uma paralisação para hoje [terça, 22], mas o governo chamou ontem e entramos em um acordo. Ficou de pagar o valor das duas parcelas que estavam em atraso e continuar pagar as demais parcelas”, confirmou.
Farias acrescentou que os equipamentos que tinham vindo dos ramais no interior do estado estão retornando para continuar as obras. Ele lembrou que os trabalhadores estavam com dívidas atrasadas e agradeceu a compreensão da sociedade.
“São pais de família reivindicando os direitos. Quem ganha com isso é a sociedade que não precisou passar por esse caos e transtorno. Já estamos mandando voltar os equipamentos e os produtores rurais para poderem continuar raspando os ramais. Agradecemos o entendimento do governo em ter atendido nossa reivindicação”, complementou.
Dívida
A categoria alega que o governo tinha uma dívida de R$ 11 milhões referente aos anos de 2015, 2016 e agosto de 2017. Há quatro meses houve uma negociação e o governo garantiu pagar a dívida em parcelas no valor de R$ 800 mil. Porém, há dois meses as parcelas não são pagas e os servidores resolveram paralisar as obras como forma de reivindicação.
A categoria exige agora o pagamento de 50% da dívida e negocia os outros 50% do valor. Na sexta (18), o Deracre chegou a dar um prazo para que os manifestantes retirassem os veículos do local, caso contrário, os contratos poderiam ser cancelados e novas empresas de outros estados contratadas para continuar as obras.