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Após morte de vigilante, servidores fazem abaixo-assinado por mais segurança em maternidade no interior do Acre

Documento reuniu mais de 300 assinaturas. Vigilante foi morto no dia 26 de julho durante plantão na maternidade de Cruzeiro do Sul.

Assustados com os casos de violência em Cruzeiro do Sul, servidores da maternidade da cidade fizeram um abaixo-assinado pedindo mais segurança no local. No documento, os funcionários se dizem preocupados com a falta de controle da entrada de pessoas no hospital.


Além disso, alegam que, após a morte do vigilante José Francisco Constantino da Costa, abordado e morto a tiros com a própria arma durante o plantão, os vigilantes estão indo trabalhar desarmados.


O documento, que deve ser entregue para a direção do hospital ainda esta semana, pede ações que reforcem a segurança na unidade.


“Temos mais de 300 assinaturas de funcionários, usuários e acompanhantes. Continua sendo apenas um vigilante, que agora trabalha sem arma. Como podemos nos sentir seguros? À noite aqui é um caos, ficamos na insegurança total”, reclama a enfermeira Lucimar Barbary.


Ela diz ainda que os servidores querem providências para que trabalhem com mais tranquilidade. “Este documento deveria ser entregue à direção nesta quarta-feira [9], mas a diretora está viajando e vamos aguardar ela chegar. Sugerimos o aumento do número de vigilantes, organizar portas e janelas, controle da entrada de visitantes, que hoje é liberado, além de câmeras de monitoramento”, pontua.


O coordenador Regional de Saúde, Gontran Neto, disse que tem conhecimento do documento, mas que ainda foi entregue oficialmente. Ele diz que a questão precisa ser estudada. Ele garante ainda que não há registros de tentativas de invasão na unidade.


“O fato ocorrido com o vigilante foi para roubar a arma dele, isso aconteceu também na sede do Incra. É uma coisa que tem que ser estudada para vermos qual é a melhor maneira de fazer a segurança de quem está na maternidade para fazer seus trabalhos. Já tomamos algumas medidas para controlar o fluxo de pessoas e entendemos a aflição de quem trabalha lá”, afirma.


Morte do vigilante

O vigilante José Francisco Constantino da Costa, de 36 anos, foi morto com três tiros na noite de 26 de julho, na Maternidade de Cruzeiro do Sul. De acordo com o delegado que apurou o caso, Alexnaldo Batista, o crime foi tratado como latrocínio, pois os criminosos roubaram a arma da vítima. Constantino foi morto com dois tiros no tórax e um no braço.


Protesto na capital

O pedido por mais segurança não é algo concentrado apenas em Cruzeiro do Sul. Nesta quarta-feira (9), sindicatos ligados à Saúde e Segurança promoveram mais um ato contra a violência dentro das unidades de Saúde do Acre.


Os manifestantes pediram mais segurança após vários casos de tentativas de homicídios e mortes dentro das unidades de saúde do estado. O grupo próximo ao Terminal Urbano de Rio Branco.


O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac) chegou a divulgar que, entre outubro de 2016 e julho deste ano, 12 profissionais de Saúde entraram com pedidos de afastamento e de transferência por causa da falta de segurança nas unidades.


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