Apesar de baixa do Rio Madeira (RO), sindicato descarta desabastecimento de combustíveis no AC

Sindepac diz que, no momento, não há risco de falta de combustível. Nesta segunda (7), nível chegou a 10,08 metros na Vila do Abunã, local da balsa de travessia para o Acre.

Mesmo com o baixo nível do Rio Madeira, em Rondônia, o Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre (Sindepac) anunciou, nesta segunda-feira (7), que não há risco de desabastecimento no estado. A BR-364 – cortada pelo manancial – é a única via terrestre que liga o Acre ao restante do país.


A Defesa Civil Estadual informou que, nesta segunda, o Rio Madeira chegou à marca de 10,08 metros na Vila do Abunã, distrito de Porto Velho (RO), local onde ocorre a travessia de caminhões e outros veículos por meio de balsas. No entanto, a situação está melhor do que no mesmo dia do ano passado, quando a medição era de 8,87 metros.


Na semana passada, o G1 mostrou o relato do caminhoneiro acreano Wesley Ferreira, de 28 anos, que precisou esperar em torno de 22 horas para atravessar o rio e chegar ao Acre com carregamento de cimento. A fila de veículos que esperavam para entrar na balsa chegou a ultrapassar os oito quilômetros.


A diminuição na quantidade de caminhões por travessia, fator que causa o engarrafamento, é o que, segundo o Sindepac, tem causado um atraso médio de 24 horas na chegada dos produtos. A nota é assinada por Delano Lima, presidente do sindicato.


“Eventualmente, alguns postos podem ter o estoque reduzido, mas não deve ultrapassar um dia, no máximo, para normalizar. Ressaltamos, mais uma vez, que risco de desabastecimento não há por enquanto”, acrescentou o sindicalista.


O coronel Carlos Batista, coordenador da Defesa Civil, ressaltou que o comportamento do rio – assim como os do estado acreano – é normal para a época do ano, conhecida como “Verão Amazônico”, em que há diminuição nas chuvas. O órgão estadual acompanha as cotas, mas a responsabilidade pela adoção de eventuais medidas é do estado de Rondônia.


“Por transportar muitos sedimentos, o Rio Madeira forma bancos de madeira, que prejudicam a passagem das balsas. A empresa [responsável pela travessia] demora na passagem porque aumenta a rampa de atracagem. Todos os anos ocorre isso, prejudicando a navegação fluvial”, complementou Batista.


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