Presidente da Associação dos Agentes Penitenciários reivindica a realização de um concurso efetivo
Os agentes lotados no presídio Francisco de Oliveira Conde (FOC) decidiram cruzar os braços na próxima semana. O fim do contrato de 130 servidores provisórios, além de inviabilizar a escala de plantões, impõe uma carga horária excessiva de trabalho para os servidores efetivos. A suspensão das visitais íntimas pode, entre outros serviços, provocar uma rebelião.
O presidente da Associação dos Agentes Penitenciários, José Janes Gomes, quer a imediata prorrogação dos contratos ao mesmo tempo em que também reivindica a realização de um concurso efetivo. “Sabemos que um concurso leva mais de um ano para ser finalizado. “A partir de segunda-feira ficarão apenas cinco agentes no “chapão” [seis alojamentos do regime fechado onde estão os presos mais perigosos], o que pode transformar aquele pavilhão num barril de pólvora”, alerta o sindicalista.
Ainda segundo Janes, cerca de 1.500 presos precisam ser levados ao médico, nas comarcas criminais, parlatório, entre outros. “Como cinco agentes poderão fazer esse serviço? As visitas, inclusive as íntimas, também serão suspensas e isso poderá causar revoltas”, alerta o agente, que está preocupado com a segurança dos colegas e da sociedade.