Estudo é referente a análise feita nas rodovias do Brasil em 2016. Dnit disse que trecho apontado em estudo passa por reparos e fica entre o município de Sena Madureira e o Rio Liberdade.
Um levantamento da Confederação Nacional de Transporte (CNT) aponta que o Acre possui mais de 400 quilômetros de malha viária federal e estadual em situação ruim. O número é correspondente aos 1.347 quilômetros de extensão federal e estadual do estado, segundo o órgão.
A pesquisa aponta que os trechos mais críticos são o km 339 da BR-364, em Manoel Urbano, e trechos da BR-364 entre a Feijó e Rodrigues Alves, interior do Acre. O estudo é referente a uma pesquisa feita em 2016 nas rodovias do Brasil.
Ao G1, o superintendente interino do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Acre (Dnit), Carlos Henrique, falou que os 424 quilômetros considerados ruins que aparecem no estudo pertencem estão entre a cidade de Sena Madureira e o Rio Liberdade, no interior do Acre. Henrique afirmou que o trecho passa por uma reestruturação.
“Foi um trecho implantado em convênio do governo do estado e naquela época, apesar do avanço, a rodovia praticamente não existia. Foi implantada a rodovia, mas infelizmente a solução de estrutura do pavimento não foi a melhor para a região e acabou que a obra não durou. Hoje estamos reconstruindo a rodovia. Em razão de restrição orçamentária, a gente não pode implantar o projeto de reconstrução porque pegamos a rodovia em um momento crítico”, explicou.
Ele lembrou ainda que a BR não foi concluída devido à falta de recurso financeiro. O superintendente ressaltou que precisaria de mais de R$ 1 bilhão para reformar a rodovia, mas o projeto foi adaptado para o período de três anos em um valor de R$230 milhões.
“Dividimos em etapa o processo de reconstrução para não perder recurso público. O ideal era ter o dinheiro todo e fazer logo a reconstrução completa, mas para a estrada não ser fechada fizemos um processo menos robusto. Precisávamos de mais de R$ 1 bilhão para a reconstrução, fizemos um projeto de três anos de R$ 230 milhões e é o que estamos executado agora”, falou.
Henrique acrescentou que enquanto o trecho não for recuperado vai continuar constando como ruim. “Acreditamos que com as obras que estamos fazendo agora ano que vem já vai configurar como bom”, afirmou.
O balanço mostra ainda que da extensão pesquisada da rodovia estadual AC-10, cerca de 70 quilômetros estão em estado geral e pavimento ruim. A sinalização na rodovia é regular e a geometria é péssima. Nos trechos da AC-40, 25 quilômetros estão em situação regular no estado geral, pavimentação e sinalização.
O estudo apontu ainda que de toda a malha federal e estadual, o Acre possui 665 km em estado regular, 424 quilômetros ruins e 258 em estado péssimo.
O diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre), Cristovam Moura, falou que o órgão atua apenas com a manutenção das rodovias e alguns itens questionados na pesquisa apontam problemas na construção da rodovia. Ele disse também que houve cortes de mais de 30% nos repasses financeiros e isso tem dificultado que os reparos sejam feitos.
“Temos rodovias aqui que reformamos com recursos repassados por meio dos repasses federais. Só ano passado tive um corte de mais de 30% dos recursos federais. A trafegabilidade da rodovia está perfeita. Temos alguns problemas na AC-10 e vai ter uma obra em setembro, mas as demais estamos atuando para manter a trafegabilidade. Hoje estão todos com trafegabilidade que garante segurança para os usuários”, finalizou.
