No apanhado do ano, estado acreano contabilizou 514 ocorrências. Dados são do Programa Queimadas Monitoramento por Satélites, divulgados nesta terça (1º).
Levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontou que foram registrados 457 focos de queimada durante o mês de julho. Durante todo este ano, o estado acreano contabiliza 514 focos, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (1°).
O relatório do Programa Queimadas Monitoramento por Satélites mostrou que a quantidade de ocorrências de queimadas em julho superou em mais de 900% o total do mês anterior. Em junho, os satélites do Inpe apontaram que foram 45 focos.
No apanhado geral deste ano, de acordo com o instituto, o Acre ficou com a segunda menor quantidade de ocorrências na Região Norte. O Pará foi o local com a maior, com 6.193 casos. Em seguida, apareceu o Tocantins, com 4.708. Já o Amapá registrou somente 12 focos.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) divulgou que 350 queimadas nos últimos 40 dias apenas em Rio Branco. Os casos foram registrados pelo Disque-Denúncia disponibilizado pelo órgão. Equipes permanecem de plantão 24 horas por dia para atender as chamadas.
O diretor de Controle Ambiental da Semeia afirmou que a fiscalização deve ser reforçada. “Agosto e setembro são meses mais quentes e têm uma maior frequência de queimadas. Estamos intensificando em parceria com o Ciosp e o Corpo de Bombeiros para atuarmos nos bairros”, falou.
Ao G1, Vera Reis, diretora técnica do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC), disse que o crescimento dos focos é esperado, devido ao fim do período de chuvas na região amazônica.
“A tendência natural é – de julho para a frente – termos uma seca cada vez mais acentuada, com redução da umidade e elevação da temperatura, levando em consideração que é um período que as pessoas começam a preparar a terra para plantio, porque a queimada é cultural no nosso estado, infelizmente”, finalizou.