Estado acreano faz, desde março de 2006, transplantes de rim, córnea e fígado. Dados são da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO).
O Acre já realizou um total de 301 transplantes – entre rim, córnea e fígado – em pouco mais de 10 anos, segundo dados da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) divulgados nesta sexta-feira (11). O primeiro procedimento foi em março de 2006, um transplante de rim entre doadores vivos.
Conforme o levantamento, o Acre totaliza 191 transplantes de córnea, 86 de rim e 24 de fígado. Desses, 25 foram feitos somente este ano, de 2017 – 13 córneas, oito fígados e quatro rins, apontou a CNCDO. As cirurgias envolvendo um doador falecido – com morte cerebral atestada – tiveram início somente em 2010.
Antes de 2006, o paciente precisava recorrer ao Tratamento Fora de Domicílio (TFD) para receber o órgão. Regiane Ferrari, coordenadora da central, ressalta que a possibilidade de passar pelo transplante no estado é um ganho para o paciente e para a família, que pode acompanhar o pós-operatório de perto.
“A pessoa não precisa peregrinar para outro estado, sem a família, privada da casa e do convívio. Ela continua em Rio Branco [no Hospital das Clínicas, único do estado habilitado] fazendo todos os acompanhamentos clínicos com as equipes. É um tratamento humanizado”, considera.
Regiane salienta que, em relação ao transplante de fígado, somente 12 estados do país são habilitados. De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), são eles: São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, Distrito Federal, Bahia, Espírito Santo, além do Acre.
“Para fazer transplante, precisa ter farmácia equipada, profissionais, centro cirúrgico. Há um investimento grande do governo, são custos implícitos, mas o maior ganho é devolver a saúde, a vida, para muitas pacientes que ficam na fila”, finaliza.