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Só uma região do Acre é apontada como de alta capacidade de adaptação às mudanças climáticas, diz Mapa de Capacidade

Apenas uma região do Acre, onde se localiza o município de Rio Branco, é vista como de alta capacidade de adaptação às mudanças climáticas relacionadas às secas, segundo um estudo patrocinado pelo Ministério do Meio Ambiente. As demais regiões estão incluídas como baixa, muito baixa e extremamente baixa quando o assunto é adaptar-se às ocorrências de estiagens diferenciadas.


O mapa de Capacidade Adaptativa relacionada aos impactos potenciais das Secas no contexto de mudanças do clima foi elaborado a partir das médias das seguintes variáveis: Índice de GINI, Taxa de Analfabetismo e o Índice de Desenvolvimento Humano para escala municipal (IDHm). Essas três variáveis, quando cruzadas, são representativas da Capacidade Adaptativa, a qual está especializada no mapa. O índice de Gini torna-se relevante para os desastres de Seca por demonstrar o nível de desigualdade social. Em geral, uma maior desigualdade social representa uma menor acessibilidade a recursos disponíveis entre as partes da população. Logo, uma maior concentração de renda em uma pequena parcela da população representa uma menor acessibilidade aos recursos pela maioria.


No contexto das secas, a concentração de terras ou de recursos que tenham acessibilidade a água, representam uma maior desigualdade e, portanto, uma menor Capacidade Adaptativa para essas populações. Em contrapartida, uma melhor distribuição de renda permite a aquisição de infraestrutura e acessibilidade aos recursos e demais facilidades de acesso aos serviços públicos (quando equilibrada entre as partes), representa uma maior Capacidade Adaptativa frente aos desastres de secas.


Mas o problema não é só no Acre. Toda a região Norte e também a Nordeste do Brasil têm sua Capacidade Adaptativa extremamente baixa em função dos baixos índices de desenvolvimento humano e socioeconômico.


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