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Site divulga trechos do primeiro livro decodificado de Bruno Borges

Estudante está desaparecido desde o dia 27 de março. Em 14 páginas, Bruno Borges explica Teoria da Absorção do Conhecimento.

Foi divulgada, nesta quarta-feira (5), a introdução do primeiro livro de Bruno Borges, estudante que está desaparecido desde 27 de março deste ano. Em 14 páginas, a família assina os agradecimentos e é possível ter uma ideia sobre o que se trata o primeiro volume, dos 14 deixados pelo jovem.


No site criado para a divulgação dos livros do jovem, há uma rápida apresentação sobre o estudante, além de revelar a capa escolhida para o e-book e a ferramenta de baixar a degustação da obra. A data para o lançamento completo da obra ainda não foi divulgada.


“Pois bem, aconteceu o mesmo com a TAC, quando eu, um jovem, que acabara de desenvolver essa teoria, que no caso é dela que trataremos, estava febrilmente colocando-a em exercício de minhas funções e fazendo dela o meu ofício, pude rapidamente perceber que estava colhendo muitos frutos e que aquilo era um segredo poderoso e simples, porém, desconhecido pela maioria das pessoas”, aborda o jovem em um dos trechos publicados.


A notícia de que a divulgação dos livros seria feita por uma editora foi anunciada pela família na segunda quinzena de junho. O livro faz parte do Projeto Enzo, como foi intitulado pelo próprio jovem, e teria sido iniciado em 2013 sem que ninguém soubesse.


O pai do estudante, o empresário Athos Borges, afirmou durante entrevista ao G1 em junho, que o livro que vai ser publicado é o primeiro na ordem estabelecida pelo filho. A degustação da leitura pode ser acessada através do site criado para a divulgação dos livros.


Além de citar Platão e Albert Einstein, Borges levanta problemáticas sobre o conhecimento e a sua aplicação durante a vida.


“A TAC acredita que sua funcionalidade trata-se apenas do modo como a cognição e os aspectos mentais devem ser trabalhados, e, por assim crer, ensina uma série de regras para colocar em prática, defendendo que se a mesma for realizada, fará com que a pessoa se torne aquilo que ela nasceu para ser, mas por algum motivo esqueceu-se de trabalhar com estes recursos. Isto é, um pensador é uma pessoa datada a resolver problemas, absorver complexidades e trazer novos pensamentos e informações para seu meio, contribuindo para o avanço da raça humana e da sua linguagem”, enfatiza.


Libro é o primeiro de 14 volumes deixados pelo jovem antes de sumir (Foto: Reprodução/Rede amazônica Acre)


Amigo detido

Em maio, Marcelo Ferreira, de 22 anos, amigo de Bruno Borges, foi detido pela polícia pelo crime de falso testemunho. Na casa dele, a Polícia Civil encontrou dois contratos – um deles autenticado no dia do desaparecimento – que estabeleciam porcentagens de lucros com a venda dos livros.


Policiais encontraram móveis do quarto do estudante na casa de outro amigo, Márcio Gaiote, que também teria participado na logística. Gaiote foi comunicado, mas não compareceu à delegacia. Ele mora na Bahia, por isso, foi indiciado indiretamente por furto e falso testemunho.


Marketing

Durante entrevista exclusiva ao Bom Dia Amazônia exibida nesta segunda-feira (3), Ferreira contou que ajudou Bruno Borges a montar o quarto e sabia do projeto, porém, garantiu que não sabia que o jovem desapareceria e nem sabe o paradeiro do amigo.


Para a polícia, os contratos, e-mails e mensagens trocadas entre os amigos esclarecem o caso. O desaparecimento de Bruno foi parte de um plano para garantir a divulgação do trabalho dele, segundo alega o delegado responsável pelo caso, Alcino Sousa Júnior.


“Para a Polícia Civil, a gente encerra neste segundo momento, que é a comprovação de que não foi um homicídio, pelo menos não está comprovado. Não foi um sequestro, mas que se trata sim de uma vontade própria como já foi falado, onde existe um plano para divulgação das obras”, destacou o delegado.


Bruno Borges sumiu no dia 27 de março. Ele deixou livros e uma estátua de Giordano Bruno (Foto: Arquivo Pessoal)


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