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Sem emissão de DOF, empresários reclamam de problemas para transporte de madeira no AC

Sindicato diz que, somente este ano, sistema para emissão de Documento de Origem Florestal ficou parado durante 58 dias. Setores se reuniram com empresários nesta terça (18).

Empresários de alguns setores industriais do Acre reclamam que não têm conseguido transportar madeira e outros itens produtos florestais por problemas na emissão do Documento de Origem Florestal (DOF), necessário para o setor. O DOF é emitido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).


Diante da dificuldade, diversos sindicatos do setor produtivo se reuniram, nesta terça-feira (18), com o Ibama, Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e com a Federação das Indústrias do Acre (Fieac) em Rio Branco para cobrar soluções. A presidente do Sindicato da Indústria Madeireira, Adelaide de Fátima, afirma que completou cinco dias que o sistema não emite o DOF.


Adelaide diz que, sem o documento, não é possível levar as toras de madeira da floresta nem mesmo vender dentro da cidade. Segundo a sindicalista, ao contabilizar todas horas que o sistema ficou parado totaliza 58 dias durante este ano, o que acaba gerando reflexos em cadeia, afetando até mesmo quem precisa de lenha, como as panificadoras.


“Estamos com problemas em todas as atividades de base florestal e vai se tornar um caos. Estamos pedindo ajuda ao governo estadual e ao Ibama para poder ao menos tirar a madeira da floresta, porque o tempo não espera. Se não tivermos uma solução até esta semana, as indústrias do estado vão parar e será mais de 1,6 mil empregos diretos mandados embora”, fala.


Janes Nogueira, empresário dos ramos de marcenaria, serraria e cerâmica, acrescenta que os setores estão quase parados. “Eu, que mexo com os três ramos, estou sendo afetado porque não temos matéria-prima e o pouco que temos não conseguimos vender. Além da lenha que não temos e estamos impedidos de trazer de outros locais”, acrescenta.


O representante do Ibama no Acre, Sebastião Santos, afirma que todos os sistemas do instituto estão apresentado problemas devido a uma migração de plataforma instituída pelo governo federal. Existe a previsão de que tudo seja normalizado a partir da quarta-feira (19). Ele ressalta que, caso não seja restabelecido, o Imac deve emitir o documento.


“A partir de agora os sistemas do Ibama, ICMbio e outras autarquias ligadas ao Ministério do Meio Ambiente passam a ser centralizados no próprio ministério. Estamos passando por algumas dificuldades em todos os nossos sistemas do Ibama”, salienta.


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