Prestes a deixar a PGR, Janot deve mirar Temer e novas delações

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrega o cargo em cerca de dois meses. Ao que tudo indica, ele será substituído pela subprocuradora-geral Raquel Dodge, nome anunciado na última quarta-feira pelo Palácio do Planalto para chefiar o Ministério Público Federal (MPF).
Na reta final do mandato, Janot indica que não reduzirá seu ritmo de trabalho nos casos que envolvem o presidente Michel Temer. Além da denúncia por corrupção passiva já encaminhada à Câmara, ele deve aprofundar as investigações de dois inquéritos já abertos e de pelo menos mais um a ser instaurado contra o peemedebista.


Os inquéritos devem apontar tentativa de obstrução à Operação Lava Jato; suposta participação do presidente em setor do PMDB que, para o Ministério Público, atuou como uma organização criminosa; e supostas negociatas que teriam precedido a assinatura do decreto dos portos por Temer.


Janot pode concluir a negociação de delações de nomes como o do empresário Eike Batista, o empreiteiro Fernando Cavendish, o banqueiro André Esteves e o ex-ministro Antonio Palocci, além de duas figuras próximas ao peemedebista: o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o doleiro Lúcio Funaro.


Depois que entregar cargo de procurador-geral, Janot deve aproveitar os seis meses de licença a que tem direito. O procurador pretende viajar para fazer um curso no exterior e, em seguida, volta ao trabalho.


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