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Prefeitura de Rio Branco gastou quase R$ 400 mil em auxílio-funeral com mortes violentas em menos de um ano

Dados são da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (Semcas). Rio Branco registrou quase 150 homicídios nos seis primeiros meses deste ano.

O Acre vem passando por uma onda de mortes violentas e isso tem impactado também na economia de alguns órgãos públicos. Em seis meses, a capital do estado registrou 149 mortes violentas e 49% delas foram bancadas pelo auxílio-funeral disponibilizado pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (Semcas). Os dados são do próprio órgão e foram solicitados pelo G1.


A Semcas fez um levantamento que mostra que nos últimos cinco meses de 2016, o valor do benefício para vítimas de homicídios foi mais alto ainda, chegando a mais de R$ 200 mil. Somando os últimos meses do ano passado e o primeiro semestre deste ano, o valor total gasto com esse benefício foi de R$ 399.800, 40 em 11 meses.


Os meses de maiores gastos com esse auxílio foram outubro e dezembro de 2016. Outubro contou com 28 pagamentos e dezembro com 32, o que os deixa com maior montante de gastos. Mais de R$ 39 mil em outubro e quase R$ 50 mil só em dezembro.


Para ter acesso a esse benefício é preciso que o núcleo familiar da vítima receba ¼ do salário mínimo. A secretária de Cidadania e Assistência Social, Dora Araújo, explica que os números são variáveis. Porém, destaca que esse apoio às famílias impacta de maneira significativa nos cofres da http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração pública.


A secretaria desembolsou R$ 175.139,40 com o auxílio a 73 famílias que tiveram seus entes mortos de forma violenta na cidade. “Esse número é significativo, porque a gente soma com os valores dos outros que receberam também. Impacta, porque essa pessoa é sepultada hoje, por exemplo, e fica cinco anos no jazigo a gente pagando manutenção”, explica Dora.


Após esse período, os ossos são retirados do jazigo e depositados no ossário. Anualmente, só de manutenção, a secretaria estima que gasta R$ 1.059 com cada jazigo. “Não sei precisar a taxa mensal, mas são mais de R$ 140 mil”, completa.


Na secretaria, uma equipe funciona 24 horas para atender familiares de vítima, sejam elas mortas pela onda de violência ou até mesmo por causas naturais.


Inquéritos

Durante balanço dos seis primeiros meses de 2017, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que o Acre registrou 231 mortes violentas nos primeiros seis meses de 2017, sendo 149 somente em Rio Branco.


O delegado responsável pela delegacia, Rêmulo Diniz, disse ainda que 50 inquéritos de homicídios cometidos na capital acreana foram encaminhados à Justiça já com os autores do crime. Outros 28 já possuem autoria, mas aguardam detalhes de perícia.


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