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Peruanos recrutavam brasileiros para vender drogas no interior do Acre, diz polícia federal

Operação Palestina foi deflagrada na quarta (26) em Santa Rosa do Purus. Polícia procura por dois peruanos que seriam os fornecedores da droga.

A Polícia Federal do Acre (PF-AC) descobriu durante as investigações da Operação Palestina que traficantes peruanos recrutavam brasileiros para vender drogas na cidade de Santa Rosa do Purus, interior do Acre. A operação foi deflagrada na quarta-feira (26) e resultou na prisão de uma pessoa. Na manhã desta quinta (27), a PF- AC explicou detalhes das investigações.


A operação desarticulou uma organização criminosa que agia em Santa Rosa do Purus, no Acre, e na Vila Palestina, no Peru. Ao todo, foram cumpridos seis mandados judiciais, sendo um de prisão e cinco de busca e apreensão na cidade acreana. Foram apreendidos ainda cerca de 8 quilos de drogas e uma pessoa foi presa em flagrante. Já na vila peruana, a polícia deve cumprir mais dois mandados de prisão.


“Essa operação de Santa Rosa é um pouco atípica porque é um tráfico internacional, mas muito parecido com o tráfico local. Os usuários pediam a droga, ela vinha do território peruano para uso no território brasileiro. Posteriormente, como aumentou muito a demanda, os traficantes peruanos recrutaram alguns brasileiros para fazer a venda da droga para eles. Semanalmente eram [brasileiros] providos da droga e ao final do período entregavam o dinheiro para eles [peruanos]”, completou o coordenador da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal do Acre (DRE) , delegado Leandro Ribeiro.



Ainda segundo Ribeiro, a operação tinha como objetivo prender dois fornecedores peruanos, que enviavam a droga por banco para a cidade acreana. Porém, devido a questão operacionais a polícia peruana não conseguiu prender os dois acusados, de acordo com o delegado.


“Infelizmente, a polícia peruana não nos prestou o suporte ideal, que seria a gente cumprir os mandados aqui e eles do lado de lá. Era o que havia sido acertado, mas devido a questões operacionais deles não cumpriram no mesmo dia. Porém, já estão com a difusão vermelha decretada e em qualquer lugar do mundo que estiverem podem ser cumpridos os mandados de prisão”, afirmou.


O delegado ressaltou também que as investigações duraram cerca de um ano. Ele disse que foram cumpridas medidas preventivas nas cidades de Sena Madureira e Rio Branco. A operação contou com a participação das polícias Civil e Militar, além de homens do Exército Brasileiro.


“Nosso objetivo era estancar essa venda de drogas em território brasileiro. Conseguimos juntar provas no decorrer das investigações em relação a esses dois fornecedores, que só ficam no território peruano e não ingressam no território brasileiro. A Justiça Federal deferiu os pedidos de mandados de prisão e eles foram colocados na lista da difusão vermelha da Interpol”, concluiu.


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