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No Acre, artesã lucra até R$ 3 mil por mês com venda de ‘biojoias’ e realiza sonho de comprar carro

Rodney Ramos expões produtos de R$ 20 a R$ 400 em estande na Expoacre, em Rio Branco. Artesã recebeu prêmio do Sebrae e selo de excelência da Unesco.

Apaixonada por arte, a artesã Rodiney Paiva Ramos, de 53 anos, conta que atua há 13 anos fazendo joias e bolsas com madeira e sementes reaproveitadas. A mulher conta que lucra de R$ 600 a R$ 3 mil por mês e no ano passado realizou o sonho de comprar um carro. Todos os produtos estão na Expoacre, em Rio Branco.


“Esse carro era o meu sonho, pois sem ele eu precisava sair de cara para a loja de ônibus, pegando sol, chuva e poeira. Tinha de sair de casa muito cedo e esperava muito tempo na parada”, relata.


Rodiney conta que nasceu em Manaus, mas mora no Acre há quase 14 anos. Chegando no estado, ela não tinha trabalho e quase entrou em depressão. Uma vizinha falou sobre um curso na Fundação Bradesco e o amor pelo artesanato não parou mais de crescer desde então.


“Essas madeiras e sementes iam ser queimadas ou jogadas fora, mas decidi usar para criar peças únicas. Depois do curso, já comecei a trabalhar, me senti muito bem e útil, além de criar algo especial”, destaca.


A artesã diz que peças como bolsas levam ao menos quatro dias de trabalho até alcançar o resultado final e o preço varia de R$ 220 a R$ 430. Segundo ela, os colares de madeiras e sementes são as peças mais procuradas e custam de R$ 20 a R$ 130.


“Cada bolsa é uma peça única. Às vezes a pessoa encomenda, mas também tenho peças à pronta entrega. Há bolsas e carteiras feitas somente com semente”, destaca.


O trabalho artesanal e sustentável desenvolvido por Rodney rendeu a ela vários prêmios como o Prêmio Mulher de Negócios do Sebrae, que recebeu este ano. Além disso, a artesã ganhou um selo de excelência da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2012 com uma peça chamada “cores da mata” que acabou se tornando o nome da marca dela.


“O artesanato é o meu sustento e através dele conquistei prêmios, minha loja e o carro. Sou uma pessoa muito abençoada e agradeço a todos que me apoiaram. O que queria é que as pessoas dessem mais valor para o artesanato no Acre. Somos muito reconhecidos fora, mas queria muito que o mesmo ocorresse no estado”, finaliza.


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