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Menos de 10 mil doses de vacina contra HPV foram aplicadas no AC em seis meses, diz Saúde

Aplicações dizem respeito à vacinação de meninas e meninos, afirma o Programa Nacional de Imunização. Bujari é a cidade com menos doses aplicadas este ano.

 Dados do Programa Nacional de Imunização (PNI), solicitados pelo G1, mostraram que apenas 9.643 doses – dentre 1ª e 2ª – de vacina contra o HPV foram aplicadas no Acre entre janeiro e junho deste ano. As aplicações dizem respeito a meninas e meninos, grupo recentemente incluído na vacinação.

Para se ter uma ideia, as meninas – na faixa etária de 9 a 14 anos – compõem um público-alvo que chega a 53.419 pessoas. Os meninos de 11 a 14 anos, cuja imunização passou a ser disponibilizada desde o dia 21 de junho, correspondem a 36.795.


O PNI informou que o total de doses aplicadas pode ser superior, uma vez que alguns municípios acabam enfrentando dificuldades na hora de lançar os números no sistema do Ministério da Saúde ou o fazem fora do tempo apropriado. Segundo o órgão, ainda não é possível discriminar dados relacionados apenas aos meninos.


Rio Branco é o município com maior quantidade de doses aplicadas, de acordo com o programa, com 4.205 atendimentos. No outro lado da lista, aparece a cidade do Bujari, distante 22 km da capital, com somente três doses aplicadas nos seis primeiros meses deste ano.


É importante lembrar que doses aplicadas não quer dizer cobertura vacinal, que é medida a partir da segunda aplicação da vacina. Um intervalo entre as duas doses é de 30 dias no mínimo. Conforme o PNI, a cobertura vacinal ainda não é possível ser avaliada.


Baixa procura

Além das dificuldades que ainda envolvem a vacinação de meninas, a coordenadora do PNI, Dora Holanda, afirmou que a aplicação em meninos é alvo de preconceito e falta de informação. A estratégia encontrada pelo Ministério da Saúde foi fazer parceria com a Educação para que as doses sejam aplicadas dentro das escolas.


“Essa é a estratégia que buscamos para os municípios. Alguns começaram. Todos sabem que precisam entrar nas escolas, igrejas, praças e buscar maneiras inovadoras. Em campanhas anteriores, alguns municípios fecharam as portas. Agora, existe uma lei que autoriza, em parceria com os ministérios, a entrada nos colégios”, falou.


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