O advogado de defesa, Wellington Silva, informou que o habeas corpus foi aceito por unanimidade e que os clientes devem ficar em liberdade nesta quinta (6).
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) aceitou, nesta quinta-feira (6), o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa dos três policiais militares flagrados em um vídeo agredindo três homens algemados com um pedaço de pau, chutes e tapas. O TJ-AC havia negado o pedido de liberdade provisória no dia 21 de junho. O trio foi indiciado pelos crimes de tortura e abuso de autoridade.
O advogado de defesa, Wellington Silva, informou ao G1 que o habeas corpus foi aceito por unanimidade e que os clientes devem ficar em liberdade ainda nesta quinta (6).
Entenda o caso
O vídeo que mostra três policiais militares agredindo três homens algemados viralizou nas redes sociais no dia 26 de abril. O caso ocorreu no Residencial Angico, bairro São Francisco, em Rio Branco. Após as agressões, os três homens prestaram depoimento na Delegacia de Flagrantes (Defla) e negaram ter cometido qualquer crime.
Após o fato, o comando da PM-AC informou que os policiais foram identificados, detidos e apresentados na Corregedoria Geral. A corporação informou ainda que determinou a instauração de um inquérito policial para apurar o caso.
Dos três homens que sofreram a agressão somente um tem passagem pela polícia e responde pelos crimes de roubo, estupro e tráfico.
Um dos homens que foram agredidos, que preferiu não se identificar, disse que ele e os outros dois rapazes que aparecem no vídeo estavam trabalhando na manutenção do ar-condicionado da casa de uma mulher e quando saíram do local perceberam a presença da polícia.
Como o homem que dirigia o veículo em que eles estavam não estava com carteira de habilitação e era detento do regime semiaberto, ficaram com receio de acatar a ordem de parada da polícia e seguiram até a casa deles.
Ao chegar em frente do local onde moram, foram detidos pelos policiais, que iniciaram as agressões. O homem contou ainda que os policiais não acharam armas e nem produtos de roubo com eles.
Brandão afirmou que o atendimento da ocorrência iniciou após uma denúncia de um roubo. Segundo ele, após ouvir a vítima do roubo, a guarnição, a partir das características repassadas, iniciou as buscas pelo bairro para tentar localizar o carro dos envolvidos.