Homem morto em troca de tiros com a polícia era deficiente mental, diz família

Antônio Walyfe morreu na noite de domingo (16) durante troca de tiros com a PM. Família diz que rapaz sofreu tentativa de homicídio em Feijó e veio morar em Rio Branco.

A família de Antônio Walyfe Lima de Oliveira, de 22 anos, esteve na manhã desta segunda-feira (17) no Instituto Médico Legal (IML) para reconhecer o corpo dele. Os parentes alegam que Oliveira era deficiente mental e já havia sido ameaçado de morte anteriormente. Oliveira foi morto na noite de domingo (16) durante uma troca de tiros com a Polícia Militar (PM-AC). Ele estava na companhia de mais três pessoas, que fugiram durante a ação.


A polícia informou que o grupo usava um carro roubado. Dentro do veículo, foram apreendidos uma metralhadora calibre 9 milímetros de fabricação argentina, uma escopeta calibre 12, um revólver e várias munições.


Ao G1, uma tia de Oliveira, que não quis se identificar, contou que ele sofreu uma tentativa de homicídio na cidade de Feijó, interior do Acre. Oliveira foi baleado seis vezes, transferido para Rio Branco e, após se recuperar, foi morar na casa da tia, no bairro Montanhês, na capital.


“Fez uma operação no pronto-socorro, deram alta e ele foi para minha casa. Passou um mês e 20 dias na minha casa e falou que ia procurar um canto para morar, mas ele não tinha paradeiro. Ele recebia uma pensão, tinha problemas mentais. Não sabemos se tinha envolvimento com o crime. Achava que tinham confundido ele em Feijó”, contou.


Ainda segundo a parente, a família não sabe o motivo pelo qual Oliveira foi baleado a primeira vez. A tia contou ainda que o sobrinho já tinha sido ameaçado na capital acreana. Disseram que iam matar ele, a mãe dele ligou para a polícia e tiraram ele de lá. Não sabia onde ele estava, só tinha medo que matassem ele.


A tia falou ainda que estava em casa quando ouviu os tiros, na noite de domingo, e foi para o local. Quando soube que tinham matado um rapaz, a mulher diz que imaginou que fosse Oliveira e pediu para um policial tirar foto do rosto para confirmar.


“Eram muitos tiros. Não sabia que ele estava por lá. O local estava isolado quando cheguei e meu esposo disse que queria saber quem era, se era nosso sobrinho. Falamos que nosso sobrinho tinha uma tatuagem nas costas e o policial foi verificar. O policial tirou foto do rosto dele e, só então, a ficha caiu”, lamentou.


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