Games: a indústria de mais de US$ 100 bilhões

Apenas no Brasil, os 66,3 milhões de gamers podem movimentar uma quantia de US$ 1,3 bilhão

Muita coisa mudou desde o lançamento do Atari, na década de 1970. A indústria que nasceu de maneira tímida na Califórnia em 1977 hoje é uma operação multibilionária presente em todos os cantos do globo.


A indústria de games tem uma receita estimada de US$ 108,9 bilhões em 2017 — um aumento de 7,8% em relação ao ano passado. Com US$ 46,1 bilhão, os smartphones e tablets são responsáveis pela maior parte deste mercado; já em segundo lugar estão os consoles, com US$ 33,5 bilhões.


Apenas no Brasil, os 66,3 milhões de gamers podem movimentar uma quantia de US$ 1,3 bilhão. Uma cifra tímida na comparação com o maior mercado do mundo: a China pode ter uma receita estimada de US$27,5 bilhões. Os números são da consultoria NewZoo.


Mercado Nacional


O cenário dos jogos eletrônicos no Brasil também está em rápida transformação. Em 2004, quando a Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames) fez seu primeiro levantamento, havia 43 empresas no setor em todo o Brasil. Já hoje, este número saltou para mais de 200 companhias, com uma cadeia produtiva de cerca de 15 mil empregos, contando as vagas em criação, marketing, comunicação e vendas. O aumento também pode ser observado nas exportações. Nos últimos três anos, elas aumentarem em 625%, atingindo US$ 17,4 milhões em 2016.


“Os games são desenvolvidos tanto para o mercado nacional, quanto para o internacional. Hoje é muito fácil você fazer um game e já lançar ele no mundo inteiro”, diz Fernando Chamis, presidente Abragames.


A Ancine (Agência Nacional do Cinema), lançou em 2017 dois editais do Programa Brasil de Todas as Telas que irão injetar, cada um, R$ 10 milhões na produção nacional de jogos. Chamis afirma que o incentivo é muito importante para economia dos games e que a popularização dos smartphones contribuiu muito com o setor. “Temos muitas pessoas jogando no celular”, diz.


Educação em games


A expansão dos jogos digitais no Brasil já causou mudanças no ensino superior. A Universidade Estácio de Sá oferece um curso de graduação em jogos digitais e pós-graduação em desenvolvimento de jogos digitais e afirma que a procura tem aumentado. A coordenadora da iniciativa, Regina Felicio, faz uma previsão para quem escolher o desenvolvimento de games como carreira: “o mercado está crescendo, a sociedade está enxergando os jogos digitais como sendo uma carreira de futuro, com bastante aceitação, possibilidades inclusive internacionais. A tendência é o crescimento veloz da carreira do profissional de jogos”. Com informações do Sputnik Brasil.


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