Devido a morosidade da justiça brasileira, o que dificulta o trabalho de investigação da polícia, familiares e amigos tiveram que agir por conta própria
O experiente político Carlos Portela, que foi vereador por três mandados em Epitaciolândia, revelou um curioso caso no interior do Acre, no qual uma família teve que ir por conta própria à Bolívia recuperar uma caminhonete roubada. Tudo isso teve um custo e risco de vida diante da suposta ausência do estado em suas várias formas, dispara o experiente e atuante ex-vereador Portela, que também é Policial Rodoviário Federal aposentado.
Segundo ele, no último dia 9 de julho, por volta das 6h, elementos invadiram uma chácara no Ramal Belo Jardim, onde renderam um casal e levaram o que puderam: roupas, documentos, televisões, joias etc., fugindo em seguida na caminhonete das vítimas.
Além de roubar, os bandidos maltrataram e mantiveram o casal em cativeiro nas matas nas proximidades da Cidade do Povo por mais de 4 horas. O carro foi levado para a Bolívia através de Plácido de Castro, lá o veículo foi entregue e os ladrões aproveitaram para usar o cartão de credito da vítima em despesas de quase R$ 1.500.
Os suspeitos foram vistos retornando da fronteira com as compras e também identificados através de câmeras das lojas bolivianas, eles seriam residentes de Plácido de Castro. Fato comunicado à delegacia da cidade, que logo identificou uma suspeita chamada Nayane e pegou seu depoimento, que mesmo confessando o envolvimento foi liberada.
Através do registro de ocorrência na delegacia de Rio Branco e do trabalho investigativo que estava em curso, foi desmontada uma quadrilha da Cidade do Povo, especialista em roubo de camionetes e outros assaltos, já bastantes reincidentes, pois a polícia prende, mas logo os meliantes estão soltos cometendo novos crimes, o que deixa a população descrente das autoridades.
Devido a morosidade da justiça brasileira, o que dificulta o trabalho de investigação da polícia, familiares e amigos tiveram que agir por conta própria e conseguiram que a camionete fosse recuperada e retida pela polícia boliviana em Riberalta (Bolívia), distante 650 Km de Rio Branco. Esse veículo teria sido utilizado em uma nova rota da criminalidade, aliás, já conhecida e identificada há vários meses.