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Fábia: ex-usuária de crack, ex-moradora de rua e agora mãe: “vigio carro para sustentar minha princesa”

Há cinco meses sem usar crack, Fábia Magalhães, de 31 anos, mora num “barraco” cedido por vizinhos. O novo lar ela vai perder se, algum dia, voltar a morar na rua, foi o recado dado por um homem “generoso” que decidiu ajudá-la, em fevereiro deste ano, quando, ainda grávida, e mulher recebeu o alerta dos médicos: “se você não parar com as drogas, as drogas vão parar você e com seu bebê”. Foi um aviso de morte que, somado ao desejo de ter a filha, a fizeram repensar a vida desregrada que levava. Fábia é vista sob um sol escaldante, geralmente no Mercado do Bosque, em horário de pico, sentada à beira da rua, ao lado da menina que agora tem três meses, é saudável e, ao que parece, é a razão de uma mudança drástica no comportamento da ex-usuária de um dos entorpecentes mais letais. Do Bairro 15, onde reside, até o Bosque, é uma longa caminhada empurrando o carrinho de bebê. Quando tem dinheiro, vai de ônibus, mas ela prefere fazer o trajeto à pé, para economizar a passagem ida e volta.


Ao avistá-la, o repórter, receoso, pede autorização para registrar alguns minutos do seu trabalho. “Não tem problema”, responde Fábia. “Eu to feliz demais”, completa. O pai da criança é morador de rua e o casal nunca se acertou. “Ele aparece de vez em quando”, relata. Fábia tem que deixar a filha sozinha, no carrinho, enquanto sai para descobrir os veículos e, se tiver sorte, receber moedas como recompensa. O almoço é uma doação dos comerciantes da região. Mas nem todo dia isso acontece. Veja o vídeo



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