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Em quase um ano, Delegacia de Homicídio registrou mais de 280 mortes e 116 não foram elucidadas

Em quase um ano, a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) atendeu mais de 280 assassinatos em Rio Branco. Destes, cerca de 116 ainda não foram elucidados e aguardam envio para o Judiciário. Os dados são de julho do ano passado, quando a DHPP foi instalada dentro da Divisão de Investigação Criminal (DIC), no bairro Cadeia Velha, até o final do mês de junho de 2017.


O coordenador daa DHPP, deledado Rêmulo Diniz, explicou que cerca de 60% dos homicídios foram elucidados, alguns casos encaminhados para a Justiça, e outros aguardam julgamento. Ainda segundo Diniz, os seis primeiros meses do ano registraram 149 mortes em Rio Branco.


“Dos 149 homicídios, 55 já foram remetidos para a Justiça e se tornaram procedimentos. Tenho mais 28 prontos em cima da minha mesa, o que dá 83 casos. Estamos com a autoria determinada [dos 28 casos], mas falta alguma coisa. Temos provas, a autoria, mas o processo ainda não foi concluído. Falta um laudo cadavérico, ouvir alguma testemunha que mora longe, tem a questão do deslocamento das equipes”, argumentou.


O delegado falou ainda sobre os casos de crimes que envolvem menores ou crianças que são encaminhados para a delegacia especializada do caso. Porém, os inquéritos envolvendo os adultos ficam com a DHPP. Diniz explicou como os inquéritos são separados.
“Envolvendo mulher vítima, fazemos tudo, mas os casos de crianças remetemos para lá. Elucidamos e encaminhamos para lá [Delegacia da Criança e Adolescente], mesmo tendo alguns maiores. Têm casos que elucidamos a autoria, mas descobrimos outros [envolvidos] e instauramos outros inquéritos, o que gera novos números”, avaliou.


O delegado diz ainda que atualmente a DHPP conta com 16 agentes de polícia, dois escrivães e dois delegados atuando nos casos. Porém, essa equipe está formada há apenas um mês e Diniz explica como funcionavam os trabalhos anteriormente.


“A secretaria saiu colhendo os policiais que tinha esse perfil. Eu mesmo fui advogado criminal, trabalhei no júri e tenho esse foco em homicídios. Atualmente, é uma equipe de 20 pessoas, mas não era essa estrutura no início. No decorrer de um ano, as equipes foram se atualizando de acordo com as necessidades e foi crescendo. Essa equipe que foi formada está a apenas um mês. Então, durante 11 meses, foram com um escrivão e um delegado, cinco agentes e foi crescendo”, afirmou.


Perícia


Há cerca de um mês, a Segurança Pública montou uma equipe de peritos para trabalhar diretamente com a DHPP. É a Seção Pericial de Homicídios (SEPH). Diniz explicou que os agentes vão aos locais de assassinatos e tentativas de homicídio para pegar imagens das câmeras de segurança, depoimentos e provas para prender os autores dos crimes ainda em flagrante.
“Antes era uma equipe para tudo e muitas das vezes já tinham quatro a cinco procedimentos. Aí o rabecão ia lá junto conosco, fazia o que tinha que fazer, retirava o corpo e o perito não ia porque não tinha equipe. Agora a equipe soube da morte, se desloca só para fazer isso. Foi criada uma estrutura de perícia somente para nós”, finalizou.



G1


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