Número já 77% das ocorrências totais registradas em 2016, segundo Bombeiros. Incêndios são causados por falhas em rede elétrica.
Um número que reflete muitas vezes descuido e falta de manutenção. O Corpo de Bombeiro registrou, de janeiro até 10 de julho deste ano, 167 incêndios em edificações e veículos. O número equivale a 77% das ocorrências registradas em todo 2016, quando foram 218 casos das mesmas ocorrências. Os Bombeiros informaram que 50% dessas ocorrências acontecem em residência e o restante em lojas, quiosques e até postos de combustíveis.
Um dos problemas detectados em laudos e perícias, segundo o major do Corpo de Bombeiro Cláudio Falcão, é curto-circuito na rede elétrica, que geralmente está velha, danificada ou foi até mesmo reaproveitada. Além disso, ele diz que muitas pessoas fazem mau uso da rede, quando ligam muitos aparelhos em uma tomada só.
A segunda maior causa desses acidentes em casa é também botija de gás mal instalada. Segundo Falcão, isso acaba gerando muitos incêndios.
“A mangueira de gás tem uma validade e, passado esse período, ela começa a vazar gás. Algumas pessoas colocam sabão para estancar o vazamento e isso não adianta. Outra coisa que causa muito incêndio com gás é colocar a mangueira por trás do fogão. A mangueira não pode passar por trás do fogão, se a saída de gás é do lado direito do fogão, ela tem que ficar do lado esquerdo”, orienta.
Os incêndios em veículos abrangem cerca de 15% a 20% das ocorrências totais, conforme o major e são ocasionados por pane elétrica ou de alguma forma criminosa. Cerca de 20% dos incêndios são tidos como criminosos, mas Falcão destaca que a maioria é motivada por razões passionais.
“Ou seja, o marido briga com a mulher e joga fogo na casa, a mulher briga com o marido e toca fogo em algum bem. Eles são muito amadores, quando acontece a gente vê que é um incêndio criminoso. Normalmente o cidadão ainda está no local e é levado para a delegacia”, diz.
O major diz ainda que independente da situação, a prevenção sempre é a melhor saída. Ele demonstra também que os números podem ultrapassar as ocorrências totais do ano passado. “Se continuar assim, vamos ultrapassar e muito os mais de 200 registros do ano passado”, alerta.