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Doze profissionais da Saúde pediram afastamento com medo da violência nas unidades, diz sindicato

Sintesac recebe pedidos de afastamentos de transferência desde outubro do ano passado. Saúde estadual disse desconhecer os pedidos.

Em nove meses, 12 profissionais da Saúde pediram afastamento dos cargos ou transferência devido à violência nas unidades do Acre. A informação é do sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac). Em junho deste ano, dois vigilantes foram baleados em uma semana dentro de hospitais de Rio Branco. Segundo o Sintesac, os profissionais sofrem ameaças, roubos, furtos e até agressões.


Por nota, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) disse que desconhece os pedidos de afastamentos informados pelo sindicato. A Sesacre garantiu que foi instaurada, nesta quarta-feira (26), uma sala de situação com representantes da Secretaria de Segurança, polícias Militar e Civil, além de servidores da Sesacre. A nota reforça que o objetivo da sala é discutir estratégias para garantir a segurança dos profissionais e pacientes.


O vigilante Acivaldo Nunes Maia foi um dos profissionais que sofreram tentativa de homicídio. Ele foi vítima de um latrocínio tentado – quando a pessoa é baleada ou morta durante um assalto – no dia 14 de junho no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). Uma semana depois, uma quadrilha entrou na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Conjunto Habitacional Cidade do Povo, rendeu o vigilante Anderson Ribeiro da Silva e a atirou contra ele.


“Os pedidos são desde outubro do ano passado, mas a maior parte foi esse ano devido as tentativas de homicídios que tiveram. Alguns deles, que conversaram pessoalmente e trabalham na Cidade do Povo, disseram que não têm mais condições de ir trabalhar porque estavam apavorados. Tinham medo de a qualquer hora entrar alguém e atirar neles”, disse o presidente do Sintesac, Adailton Cruz.


Ainda de acordo com o presidente, o Sintesac recebeu mais pedidos de afastamento da unidade na Cidade do Povo. Ele contou ainda que já houve profissionais nas cidades de Sena Madureira e Senador Guiomard, interior do Acre.


“Além dos que entram nas unidades para assaltar os profissionais, existe também acertos de contas com os pacientes devido a essa guerra de facções. Eles se machucam, vão para as unidades e quando chegam lá tentam acertas as contas e os profissionais e outros pacientes ficam no meio desprotegidos. Teve ameaça de invasão no Huerb, disseram que iam entrar lá para terminar o serviço. Graças a Deus não invadiram. Comunicamos a polícia e houve uma intensificação na unidade”, completou.


Cruz revelou ainda que foram feitas reuniões com a Secretaria de Segurança do Acre, o comando da Polícia Militar e com a Secretaria de Saúde para debater medidas para garantir a segurança dentro das unidades do estado.


“Propomos a criação do plano de Segurança com a locação de policiais fixos para as principais unidades, aumento das rondas e a instalação de vigilância patrimonial armada dentro das unidades do estado. Foi o que propomos, mas o estado ficou de avaliar e não deu o retorno ainda para nós”, afirmou.


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