O objetivo do Alvará de soltura é garantir que uma pessoa que esteja presa temporariamente, ou que tenha cumprindo o período de condenação, possa gozar de sua liberdade plena, ou ainda responder o processo ao ilícito que se envolveu em liberdade, mas para dois detentos do Presidio Estadual Dr. Francisco D´Oliveira Conde, que na noite de segunda-feira (03), receberam Alvará de soltura expedido pela Justiça do estado do Acre e aguardavam o ônibus com destino ao centro da cidade em frente o Complexo prisional de Rio Branco, terminou de forma trágica para um, que foi executado e para o outro que escapou da morte, mas ferido.
De acordo com informações o presidiário José Mauricio da Silva Roque, de 21 anos e outro detento identificado apenas pelo primeiro nome de Elias, teriam acabado de receber o Alvará de soltura e saíram do Presidio a pé em direção a um ponto de ônibus, localizado em frente ao Complexo prisional, na estrada do Barro Vermelho, objetivando seguirem em direção ao centro de Rio Branco, de lá cada um seguir seu destino.
Mas, o destino de Elias já estava definido que daquele ponto de ônibus, ele não chegaria a entrar no coletivo, tão pouco sairia daquele lugar com vida, já para José Mauricio, ainda teve a chance de escapar da morte, mesmo que ferido.
José Mauricio, o presidiário que sobreviveu a dupla tentativa de execução contou que aguardavam o ônibus, quando, dois homens em uma moto, modelo twister de cor preta, se aproximaram e o garupa começou a gritar perdeu, perdeu, ao mesmo tempo que atirava contra os dois presidiários com uma pistola 380.
Para não morrer, José Mauricio contou conseguiu correr para dentro de um matagal próximo a estrada, mas ainda levou um tiro de raspão no braço e região do tórax , já Elias, não teve a mesma sorte, ele foi executado com quatro tiros pelo corpo.
Depois que passou alguns minutos e José Mauricio ouviu o barulho da moto saindo do local, ainda aguardou mais alguns minutos e saiu para pedir socorro.
Uma equipe do SAMU foi acionada, mas ao chegar ao local, Elias já estava morto e José Mauricio ferido, mas como o tiro foi de raspão, ele preferiu permanecer perto da polícia para garantir a segurança da vida dele. Recebeu atendimento médico no local, mas se recusou a seguir para o Pronto Socorro.