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CRM denuncia falta de equipamentos e superlotação em hospital de Rio Branco

Equipe técnica fez uma vistoria na unidade na tarde desta quinta-feira (13). Sesacre informou que deve se posicionar posteriormente sobre vistoria.

Técnicos do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) fizeram uma vistoria na tarde desta quinta-feira (13) no Hospital de Urgência e Emergência (Huerb), em Rio Branco. A equipe chegou de surpresa e percorreu o hospital por ao menos duas horas encontrando irregularidades como falta de equipamentos e climatização e superlotação dentro das enfermarias.


Ao G1, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) informou que reconhece a autonomia do CRM-AC para fazer as fiscalizações necessárias e que deve se posicionar somente caso alguma irregularidade seja apontada.


“Não há uma climatização, não há um local digno para os acompanhantes que ficam dormindo em cadeiras por muitos dias, nem a estrutura para a questão de atendimento emergencial. Infelizmente os pacientes têm que ser remanejados do local em que estão até outra unidade”, disse o presidente do CRM-AC, Virgílio Prado.


O presidente diz que falta até mesmo oxigênio e que durante a análise a equipe percebeu que a falta de modernidade no hospital é um dos maiores problemas. Segundo ele, há uma insatisfação tanto dos servidores que atuam no local, quanto dos usuários que decidiram levar as reclamações ao CRM-AC.


“A unidade já está bastante desatualizada e precisa de atualização para o sistema considerado adequado fazer um atendimento digno à população. Há uma insatisfação de todas as partes por essa dificuldade de realizar um trabalho adequado. As reclamações partem tanto do pessoal, como médicos e enfermeiros e alguns usuários”, destacou.


Com as informações, o CRM-AC deve fazer um relatório apontando todas as irregularidades encontradas no Huerb. De acordo com o CRM-AC, esse levantamento vai ser encaminhado para a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) que vai ter um prazo de até 60 dias para fazer as adequações.


“Caso não haja a regularização, pode haver até uma interdição ética do local. Essa interdição, não é que a gente venha aqui e lacre o hospital, mas a gente conversa com o corpo clínico médico e os desautorizamos atuar no hospital”, finalizou.


Entrega do Huerb está atrasada há quase 5 anos

O novo Huerb deveria ter sido entregue há quase cinco anos. Porém, segundo a Sesacre, as obras estão paralisadas devido a falta de repasses de recursos do Ministério da Saúde. A obra teve início em 2010 e o prazo de execução era de 14 meses. O prédio deveria ter sido entregue no primeiro semestre de 2012.


A Saúde diz que dois novos projetos foram feitos para o prédio e estão na Comissão Permanente de Licitação (CPL). A expectativa é que, após os prazos da licitação, a construção seja retomada no prazo de 90 dias, a contar de junho deste ano.


A obra, inicialmente, estava orçada em R$ 20 milhões e, segundo a Sesacre, o governo federal repassou somente R$ 400 mil para o pagamento da primeira medição. Após isso, a empresa contratada teria feito novas medições, mas o Ministério da Saúde não liberou recursos.


Em agenda no Acre, em 26 de junho deste ano, o ministro da Saúde, Roberto Barros, visitou a obra e disse que o local deve passar por uma auditoria do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus). O objetivo, segundo ele, é identificar as falhas no projeto e os recursos que já foram enviados.


“Da parte do Ministério, temos recursos disponíveis e queremos concluir as obras. Portanto, vamos fazer uma gestão e, a partir dessa auditoria, tomar as medidas necessárias com os responsáveis. Vamos avaliar toda a situação para que possamos terminar essas obras e colocar a serviço da população”, disse o ministro durante a visita ao Acre.


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