A prostituição não é mais a mesma e a culpa é da crise. Assim apregoam as garotas de programa do Rio de Janeiro. Até uma das zonas mais tradicionais da capital fluminense, a Vila Mimosa, sofre com a perda dos clientes que já não frequentam o bairro ou deixaram a cidade. O resultado é que elas precisam procurá-los em outros endereços.
“O problema é que a Vila Mimosa depende de peão. Como as obras pararam, o local esvaziou e as garotas estão tendo problemas para achar programa”, conta ao Extra uma prostituta que pediu para não ser identificada.
Segundo a veterana da profissão, as garotas agora “estão no meio da pista, topando fazer trabalhos dentro do carro mesmo por R$ 20, R$ 30. Muitas garotas que conheci por aqui foram embora, viajaram para Belo Horizonte, para o mundo”.
Gabi, que anuncia a venda de sexo por meio dos classificados, há cinco anos, declara que está difícil achar trabalho. “Senti um pouco a crise, o movimento deu uma caída. O último mês foi muito difícil, cheguei a perder alguns clientes que eram fixos”, contou ao jornal.
No mercado de luxo, Yasmin Bergamin resolveu rifar os serviços por R$ 30 cada bilhete pela loteria federal. Na promoção, dois números saem por R$ 50 e três, por R$ 80. Já a ex-atendente de telemarketing Rafinha diz que hoje tem melhor condição financeira. “Cobro R$ 150 a hora e estou recebendo um retorno financeiro positivo”, contabilizou.